Para a diretora da Escola Penitenciária, Christiane Russomano Freire, a parceria com a Pastoral Carcerária para a realização do curso, que inclui um grupo de estudos formado há um ano e quatro meses, representa uma vitória. "É necessário repensar o sistema criminal e o tratamento que é oferecido aos apenados", defendeu.
Durante o primeiro dia de curso, ela questionou também o aumento das condenações numa sociedade que deveria produzir mudanças conceituais sobre as formas de punição. "A justiça restaurativa assume uma abordagem de resolução de conflitos ao invés de punição".
O curso é uma promoção da Escola dos Serviços Penitenciários (ESP), da Pastoral Carcerária e do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP).
Justiça restaurativa Metodologia de resolução de conflito, a justiça restaurativa rompe com o modelo tradicional, pois visa a promover processos restaurativos, onde vítima e ofensor, bem como outros indivíduos ou membros da comunidade que foram afetados pelo conflito, participam ativamente na resolução das questões deste conflito, geralmente com a ajuda de um facilitador.
Conforme a professora Joana Bleney, na primeira fase, os alunos receberam os fundamentos do curso sobre justiça restaurativa. "Já existe entendimento sobre praticar círculos restaurativos com conflitos de família, trabalho e nos presídios com os presos", diz joana. Nesta segunda etapa, o objetivo é focar em dois métodos. O primeiro é a prática de Círculo Restaurativa com a presença de vítima, ofensor e comunidade, baseado na metodologia de círculos restaurativos de Ted Wanchtel, do Internatinal Institute for Restorative Practies. O segundo é o Círculo da Paz, segundo ensinamento de Kay Pranis.
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