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2 de abr. de 2018

¿Somos buenos o malos, por naturaleza?

Posted: 29 Mar 2018 10:43 PM PDT
Hoy quiero recordar una entrada antigua que hice, a raíz de ver una película, creo que el cine es cultura y que también podemos aprender de él, la película en cuestión es  Tomorrowland. Con esta película precisamente reafirmé, lo que tiene la magia del cine  y no es otra cosa  que el hecho de que te enseña siempre algo y a menudo, puedes extraer algo para tu vida cotidiana, pues bien, me quedo con la historia que cuentan respecto a los seres humanos:
-Hay dos lobos que están siempre luchando. Uno es la oscuridad y la desesperación. El otro es la luz y la esperanza. La pregunta es: ¿cuál de los lobos gana?
-El que tú alimentas.Y ¿que tiene que ver con la Justicia Restaurativa?, pues mucho...veamos cuando el delito se comete, gana la oscuridad para el infractor y para la víctima. La víctima se siente aislada, incomprendida, humillada y sobre todo, sin comprender por qué a ella. 
En el infractor, también gana el lobo malo, el oscuro que le ha dado las "alas" suficientes para cometer el delito, así van a sentirse aislados como las víctimas y señalados como el delincuente que no tiene posibilidad de reinserción. 

Con la Justicia Penal tradicional no se alimenta al lobo bueno, no se da la posibilidad al infractor de encontrarse con su "humanidad" y de ver que puede hacer lo correcto y que si lo hace, la sociedad y el sistema lo va a ayudar, no alienta una actitud positiva y constructiva, no fomenta que resurja el lobo que es luz y esperanza. Para la víctima tampoco es mejor, puesto que la Justicia tradicional una y otra vez, la hace recordar lo malo, la oscuridad, y pocas veces alimenta el lobo bueno, no la ayuda a tener esperanza y poder cambiar o más bien transformar lo malo que ha sufrido en algo mejor...la Justicia tradicional alimenta el lobo oscuro en la víctima, lo que la hace no poder quitarse el rol de víctima y sentir que al fin y al cabo nadie atiende sus necesidades.

En cambio, la Justicia Restaurativa trata de alimentar al lobo que es luz y esperanza para víctima, infractor y comunidad. Asume que el lobo que es oscuridad , puede haber "ganado" pero que es posible vencerlo con esperanza en que el infractor pueda comprender el impacto de su delito, y ver que su acción,dañó a otro ser humano. Este simple acto de ver la humanidad en la víctima, puede llevarlo a no querer volver a delinquir porque no quieren dañar a otro ser humano, es sin duda, un intento de alimentar al lobo que da esperanzas en que puede ser mirado por lo bueno que haga desde ese momento en adelante y no por lo malo que hizo en el pasado. De la misma manera, para la víctima, la justicia restaurativa trata de alientar el resurgimiento del lobo esperanza, que la ayude a poder comenzar su "camino" hacia la sanación tras el daño sufrido. Cada víctima es un mundo, unas tardarán más en recuperarse y otras menos, pero la Justicia Restaurativa alivia este camino.....haciendo que el lobo bueno, las ayude. 
En definitiva, la Justicia Restaurativa es una forma de tener esperanza en que es posible recuperar a algunos infractores y que puedan abandonar su carrera delictiva, de la misma forma es una oportunidad para que la víctima pueda despojarse de su rol de víctima y sentirse superviviente.

En una lucha entre el lobo oscuridad y el lobo esperanza, esta justicia apuesta por dar siempre una oportunidad de que víctima e infractor se reencuentren con su humanidad perdida y olvidada, se reconozcan ambos como personas que son, y al final, puedan recuperar el control de su vida. No es la panacea para todos y cada uno de los casos pero sin duda, es una puerta abierta a un futuro más bonito para personas que han sufrido un delito y para otros que lo han causado.

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Livros & Informes

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  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
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