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26 de abr. de 2018

Alunos de Cuiabá participam de círculos de paz

Os alunos do 4º ano da Escola Municipal Maria Tomich Monteiro da Silva em Cuiabá, participaram, nesta terça-feira (24) dos Círculos de Construção de Paz. As dinâmicas foram desenvolvidos pelos profissionais do Núcleo Gestor de Justiça Restaurativa (NugJur) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ao todo, 30 alunos de 8 a 12 anos de idade participaram das ações acompanhadas pelos professores, orientadores do TJMT e dos facilitadores. O objetivo é ampliar o diálogo, a busca pela solução de conflitos e combater o bullying na escola.
A psicóloga e facilitadora dos círculos de paz na escola, Maria Luiza Pouso de Oliveira, explicou que os resultados dos círculos anteriores já começaram a surtir efeitos na unidade. “Os professores sentiram a necessidade dos alunos participarem do projeto. Os círculos começam a fazer transformações, pois os alunos elegem valores como o ‘respeito’, a ‘cooperação’, o ‘entendimento’. E sempre relembram uns aos outros dos encontros e dos valores eleitos para a turma. O próximo passo é incluir os familiares e a comunidade nos círculos”, pontou a orientadora do circulo.
A professora do 4º ano, Carla de Castro, apontou que os alunos já estão mudando o comportamento na sala de aula. “Os alunos têm aumentado o comprometimento e uma criança cobra do seu coleguinha sobre os compromissos combinados nos círculos – que é o respeito, a obediência ao professor. É importante que ações do dessas TJMT cheguem até nós, pois os alunos se sentem acolhidos e se envolvem com as dinâmicas”, disse.
O professor do 6º ano, Fernando Bernardo, reiterou que o trabalho dos círculos de paz trouxe benefícios aos alunos. “Esse é um trabalho de formiguinha, mas já sentimos melhoras nas crianças que participaram. Pois eles estão ouvindo mais, prestando atenção no que o outro vai dizer. Foi um trabalho muito bem desenvolvido, vimos que havia alunos que tinham dificuldades de se expressar e agora estão pouco a pouco conseguindo falara e expor suas ideias”, comentou.
E o trabalho do NugJur foi elogiado pelos pequenos que participaram dos círculos. “Eu aprendi que temos que ouvir e obedecer nossos professores, ter respeito com nossos colegas, fazer nossas tarefas e sempre buscar conversar com respeito. Aprendi muita coisa boa para o meu coração e vejo que meus colegas também estão mudando”, disse Jean Carlos Duque dos Reis, aluno do 4º ano.
E a pequena Silvia Helen Silva Souza, 9 anos, emendou ao dizer que o encontro foi muito legal e emocionou todos. “Também nos divertimos e aprendemos que precisamos respeitar a professora, os adultos e nos colegas também”, falou.
Por fim, coordenadora pedagógica do colégio, Vanilce Lima Campos, concluiu que desde o primeiro contato no TJMT na unidade os resultados ‘saltaram aos olhos’. “Já percebemos outro clima na escola, tanto entre os professores, quanto com os alunos. Ouvir os próprios alunos falarem de respeito é um avanço muito grande. Então esses círculos e reflexões são necessários para alcançarmos o diálogo e o entendimento mútuos entre todos”.
A proposta idealizada pela presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Clarice Claudino da Silva, presidente do NugJur, cumpre determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e a introdução da Justiça Restaurativa no Sistema de Justiça Brasileiro, de acordo com as Resoluções N. 125, de 29 de novembro de 2010 e N. 225, de 31 de maio de 2016, ambas do CNJ.

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Livros & Informes

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