A prática da cultura de paz e da justiça restaurativa no Pará começou a ser debatida nesta quinta-feira (21), no I Encontro de Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos, realizado no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia. A abertura contou com a presença de 330 pessoas, incluindo a integrante do Comitê Gestor do Pro Paz, Izabela Jatene, o secretário Especial de Promoção Social, Alex Fiúza de Melo, o diretor geral da Escola de Governo do Pará, Ruy Martini, a presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará, Terezinha Cordeiro, e o coordenador do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Belém, Fábio Atanásio de Moraes.
Na primeira palestra do Encontro, Izabela Jatene abordou o tema "O Universo Relacional entre o Eu e o Outro - Compreensão da Diferença na Construção da Cultura de Paz", destacando a importância da construção da cultura de paz no Estado, e da troca de experiências entre os convidados e os palestrantes de outros Estados e países da América Latina. "Tratar sobre a prática da justiça restaurativa com palestrantes de outros lugares tem um valor de extrema importância, e agora, tendo a base da cultura de paz, mostramos que é capaz de unirmos esforços, melhorando a relação entre o Eu e o Outro. Quando vemos a participação de diversas pessoas de vários locais, percebemos que a rede de proteção está se fortalecendo", afirmou.
Segundo Izabela Jatene, a realização do Encontro de Cultura de Paz facilita a capacitação de educadores, para que eles possam introduzir a prática da justiça restaurativa e a mediação de conflitos nas escolas. "Implantado a cultura de paz nas escolas eles conseguem evitar o conflito e revalorizar a relação entre as pessoas. Dentro das Unidades Socioeducativas da Fasepa, aqueles conflitos que geraram uma privação de liberdade possam ser revisados e revistos sobre uma nova perspectiva", acrescentou.
Quem também ministrou palestra na manhã desta quinta-feira foi o procurador e defensor de menores e incapazes de Buenos Aires (Argentina), Atílio Alvarez. Com o tema "Justiça Juvenil Restaurativa na Convenção Internacional dos Direitos da Criança da ONU", ele falou sobre o modelo de justiça restaurativa desenvolvida na Argentina e em outros países da América Latina. "Esse é um modelo social que integra o jurídico no campo social, que é muito amplo. Realizamos um trabalho de intervenção social entre os adolescentes em conflitos com a lei, suas vítimas e seus familiares e temos a responsabilidade de reparar possíveis danos sofridos, por meio de programas e métodos distintos do processo judicial e de responsabilidade penal", disse ele.
As palestras prosseguem à tarde. O Encontro será encerrado nesta sexta-feira (22). O Encontro de Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos é realizado pelo governo do Estado, por meio do Programa Pro Paz, da ONG Terre des Hommes e Unicef, em parceria com a Fasepa, Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij), Universidade Federal do Pará (UFPA), EGPA, Escola Superior de Magistratura, Tribunal de Justiça do Estado, Corpo de Bombeiros, Ministério Público, Defensoria Pública do Estado, Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
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