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29 de mai. de 2012

Coordenadoria da Infância implanta projetos no interior de MS


24/05/2012 | Daniela de Matos Moralles
                Campo Grande (MS) - Amanhã (25) o Brasil comemora o Dia Nacional da Adoção, especialmente lembrado pelos grupos de apoio à adoção e pelos profissionais que atuam nas varas da infância. Assim, é natural que as comarcas aproveitem a data para efetivar projetos que abranjam a causa.

                Em Mato Grosso do Sul, a Coordenadoria da Infância e da Juventude - responsável pela implantação de programas e projetos - aproveitou a semana para implantar o Projeto Padrinho, o Projeto Adotar e a Justiça Restaurativa nas comarcas de Jardim e Bonito.

                Em Jardim, mais de 100 pessoas prestigiaram a solenidade de lançamento do Projeto Padrinho, realizada com a presença dos prefeitos de Jardim, Carlos Grubert, e de Guia Lopes, Jácomo Dagostin, além de representantes da sociedade local e de profissionais que atuam na área.

                Nesta quarta-feira (23), uma equipe da Coordenadoria da Infância e da Juventude começou o treinamento de pessoas do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), Conselho Tutelar, coordenação do abrigo local, área da saúde, educação, CMDCA, além de psicólogos e assistentes sociais do Poder Judiciário que atenderão no desenvolvimento dos projetos.

                A efetivação das ações nas comarcas está nas metas da coordenadoria e, em alguns casos, os juízes também apontam a necessidade da implantação. Em Jardim, o Projeto Padrinho e o Projeto Adotar serão executados pela a psicóloga Lydia Pellat e as assistentes sociais Maria Stela Figueiredo e Ângela Ribas.

                Na comarca existem duas entidades de acolhimento, como são chamados os abrigos: um em Guia Lopes, onde estão abrigadas 12 meninas com idade entre 0 e 14 anos, e outro em Jardim, onde ficam 13 meninos acolhidos, de 7 a 17 anos. A proposta da Projeto Padrinho na localidade é beneficiar as crianças e adolescentes das duas cidades.

                Na capacitação estão as psicólogas Rosa Pires Aquino (da Coordenadoria), Renata Giancursi (da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Campo Grande) e Maria Cecília da Costa, analista de medidas socioeducativas para aplicação da Justiça Restaurativa.

                Em Bonito, uma solenidade está sendo preparada pela juíza Paulinne Simões de Arruda que, entusiasmada, vê no lançamento dos projetos a realização de um sonho. Com intensa programação, o evento encerra com destaque as atividades que abrangem o tema adoção.

                De acordo com a juíza, as crianças do Instituto Visão da Vida serão os responsáveis pela apresentação dos hinos nacional, do Estado e do município - tanto pelo canto, quanto pelos instrumentos musicais. Será deles também a responsabilidade de recepcionar os convidados do evento, já que se equilibram em pernas de pau.

                Da abertura participam o Des. Joenildo de Sousa Chaves, Coordenador da Infância e Juventude de MS; a juíza Katy Braun do Prado, titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital; e a juíza Maria Isabel de Matos Rocha, idealizadora do Projeto Padrinho em Campo Grande no início dos anos 2000.

                Para emocionar o público, dois testemunhos importantes: um casal que recentemente adotou um bebê e uma mulher que tem 14 filhos, sendo 10 adotados. Na cidade de Bonito, cuja população não ultrapassa 20 mil habitantes, existe apenas um abrigo, com 12 crianças - meninos e meninas de 2 a 14 anos. Deste total, apenas quatro estão prontos para adoção.

                “Estamos muito animados com o lançamento dos projetos porque na comarca temos uma peculiaridade: toda vez que se implanta uma proposta nova, a comunidade abraça a causa. Só de anunciarmos o lançamento, muitas pessoas já nos procuraram e se dispuseram a ajudar. As 100 camisetas preparadas para o evento, o coquetel que será servido na solenidade e o espaço físico para a realização da cerimônia de lançamento - tudo é fruto de parcerias já estabelecidas.  Acadêmicas do curso de assistência social já se apresentaram como voluntárias, enfim, as expectativas são grandes - principalmente porque não vamos abraçar somente as crianças abrigadas, mas as que estão em situação de risco e as que são monitoradas pela justiça. Não tenho dúvidas que veremos mudanças na forma de ver a adoção em um curto espaço de tempo”, disse Paulinne.

                Atuarão no Projeto Padrinho, sob supervisão da juíza, a psicóloga Lydia Pellat e a assistente social Eliane Santos. A animação é tamanha que já se criou um e-mail para que a comunidade tenha oportunidade de sanar dúvidas:
bon-projetopadrinho@tjms.jus.br.

                Mais de 300 pessoas estão sendo esperadas para o lançamento, que será realizado no Hotel Zagaia, a partir das 19 horas.



Com informaçãoes do Tribunal de Justiça (TJ/MS)

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  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
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