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29 de abr. de 2013

Curso em Justiça Restaurativa

Curso em Justiça Restaurativa

Objetivos:

  • Formar lideranças em Justiça Restaurativa;
  • Embasar teoricamente a formação dos Coordenadores de Práticas Restaurativas;
  • Apoiar a Criação de Grupos de Estudos e Difundir a Implantação da Justiça Restaurativa.

Dados gerais

  • Carga horária: 40h/aula
  • Total 40 vagas por turma
  • Local: Santa Maria
  • Encontros diários com 4h/aula, durante 10 dias
  • Horário das aulas: das 14h às 18h 

CALENDÁRIO

Datas
Conteúdo
1ª Aula
Justiça como Valor e Justiça como Função
2ª Aula
Justiça Restaurativa e Cultura de Paz
3ª Aula
Uma Justiça fundada em valores
4ª Aula
Conceitos Fundamentais de Justiça Restaurativa
5ª Aula
Justiça Restaurativa e responsabilidade
6ª Aula
Práticas Restaurativas
7ª Aula
Comunicação Não Violenta
8ª Aula
Exposição geral de metodologias e princípios da Justiça Restaurativa na prática
9ª Aula
Aplicações das práticas restaurativas
10ª Aula
Procedimentos Restaurativos

Sistemática

O curso acontecerá em 10 Aulas. O programa e roteiro seguirá o conteúdo da apostila “Iniciação em Justiça Restaurativa – Subsídios de Práticas Restaurativas para a Transformação de Conflitos”, e do Manual de Práticas Restaurativas, publicações do Projeto Justiça 21.
Os conteúdos temáticos propostos deverão ser abordados nestas aulas, além de compreender também, o alinhamento da proposta de trabalho no âmbito do curso e fora dele, atividades de integração do grupo, avaliações ex-ante e ex-pos, sobre o trabalho desenvolvido. 
A metodologia didática será de exposição dialogada, com apoio na apostila e manual, projeções de slides, vídeos de casos atendidos e editados, trabalhos e dinâmicas em grupos, simulação dos procedimentos Restaurativos.

Compromisso pessoal

O candidato compromete-se à freqüência de 75% dos encontros. Participar das discussões em aula, das dinâmicas e trabalhos em grupo, no intuito de viabilizar a capacitação em Justiça Restaurativa.
Esse grupo poderá reunir-se, no período do curso e posteriormente, para compartilhar dos conteúdos programados, bem como para planejar e articular a introdução da Justiça Restaurativa no respectivo espaço de trabalho.

Programa:

1. Justiça como Valor e Justiça como FunçãoJustiça como valor. Relações Sociais. Conflitos. Normas. Justiça como Função. Reafirmação de valores: o verdadeiro valor da Justiça. Transformações da função do juiz e democratização da Justiça.
2. Justiça Restaurativa e Cultura de PazJustiça e Retaliação. Justiça no Estado Moderno e o Monopólio da Violência. Garantias Penais. Justiça de Guerra e Justiça de Paz.
3. Uma Justiça fundada em valores. Anomia, Heteronomia e Autonomia. Falhas na socialização. Crise do controle heterônomo. Justiça, Pedagogia e Educação em Valores. Resolução de conflitos como oportunidade de aprendizagem. Processos e Valores Restaurativos. Valores Fundamentais da Justiça Restaurativa.
4. Conceitos Fundamentais  de Justiça Restaurativa.Subsídios das Nações Unidas sobre Justiça Restaurativa. Conceitos Fundamentais de Justiça Restaurativa. Sistemas de Justiça – Shannon Moore. Interpretações da Justiça – Howard Zehr.
5. Justiça Restaurativa e responsabilidade.Democracia, Autoridade e Responsabilidade. Justiça Punitiva e Desresponsabilização. Punição, Tratamento e Responsabilização. Vergonha Reintegrativa. Interpretações da Responsabilidade segundo Zehr. Responsabilidade e empatia.
6. Práticas restaurativas.Cultura Restaurativa.  Modelos de Práticas Restaurativas.
7. Comunicação Não Violenta. Muitos conflitos surgem pela forma como nos comunicamos
8. Exposição geral de metodologias e princípios da Justiça Restaurativa na prática. A Justiça Restaurativa é eminentemente vivencial, o processo de aprendizagem só se completa com a experiência prática.
9. Aplicações das Práticas Restaurativas O que são e como se aplicam as Práticas Restaurativas. Procedimentos Restaurativos.
10. Procedimento Restaurativo. O passo a passo do procedimento restaurativo. Pré-Círculo: Apropriação do caso. Resumo dos fatos. Composição do Círculo. Convite aos participantes. Reavaliação da pertinência.  Termo de Consentimento. Princípios e Valores da Justiça Restaurativa. Círculo: Logística e preparativos finais. Acolhimento. Concentração. Instalação. Introdução. Abordagem dos fatos.  Momentos do Círculo: Compreensão Mútua, Auto-responsabilização e Acordo.
Pós-Círculo: Documentação.  Comunicação dos resultados do encontro. Implementação e acompanhamento do acordo. Relatório complementar. Descumprimento do acordo.

Ministrante

 Isabel Cristina Martins Silva – Atualmente trabalha como Servidora na 3ª Promotoria de Justiça Especializada da Infância e Juventude de Santa Maria e na Promotoria de Justiça Regional de Educação de Santa Maria, Bacharel em Direito pela Faculdade Metodista de Santa Maria, RS (FAMES), Formação em Coordenadora de Práticas Restaurativas pela Escola Superior da Magistratura/AJURIS, RS, Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Direito com ênfase na temática da Criança e do Adolescente pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, formação em Mediação Judicial pelo CNJ, membro do Comitê de Prevenção à Violência da SEDUC/RS.


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“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.