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17 de ago. de 2018

Sobre la Justicia Restaurativa y las prácticas

Posted: 16 Aug 2018 03:36 PM PDT
A nadie escapa que este blog está más orientado a la Justicia Restaurativa en el ámbito penal, puesto que mi experiencia, mis mayores conocimientos y logros están en este ámbito, es cierto que he tocado otras áreas que conozco y que considero esenciales, como el escolar, por el carácter preventivo que en este ámbito tiene la justicia restaurativa y su efecto educativo para unos futuros adultos que sabrán y tendrán en cuenta la justicia restaurativa, no como la otra justicia, sino como la verdadera justicia.Dicho esto, todo el mundo sabe que estoy a favor de la Justicia Restaurativa, en cualquier ámbito de la vida cotidiana, sin embargo, a mí, hablar solo de prácticas se me queda corto.
Según los diccionarios, práctica es la habilidad o experiencia que se consigue o se adquiere con la realización continuada de una actividad. Encuentro que hablar de prácticas restaurativas  es la habilidad o la capacidad de mostrar o poner en funcionamiento los principios y los valores de la Justicia Restaurativa. Es decir para mi práctica restaurativa requiere que hablemos de algo como referencia y en este caso, es la Justicia Restaurativa. No son excluyentes, sin embargo creo que las prácticas restaurativas están dentro de lo que llamamos justicia restaurativa. De esta forma, además no estaremos limitados por las prácticas que ya conocemos y están reconocidas y estandarizadas, porque nos suele ocurrir que al enseñar prácticas restaurativas,  nos enfocamos en cómo es nuestra práctica diaria, nos obsesionamos con que debe realizarse de un modo especifico, y así, sin quererlo limitamos la flexibilidad, que es lo realmente característico de la Justicia Restaurativa.

 Entiendo y así lo he mostrado en algunos talleres que he realizado, que se puede diseñar prácticas restaurativas especificas, adecuadas al caso concreto que recibamos, ya sea en el ámbito penal, escolar o cualquiera otro. Tampoco soy partidaria de establecer un guión para una práctica restaurativa y pretender seguir el guión estrictamente, para eso ya está el proceso penal y la justicia tradicional, e incluso la vida diaria, ya nos obliga a ser rigurosos y estrictos. Prácticas Restaurativas flexibles para mi, se consiguen si nos inspiramos en la Justicia Restaurativa. En este mismo foro de México, ya adelanté que para mi la Justicia Restaurativa es una ciencia social, y he visto que compañeros de otros lugares, opinan similar pero no igual, he leído que algunos han hablado de prácticas restaurativas como ciencia social, obviamente coincido a medias. Creo en la Justicia Restaurativa como ciencia social y precisamente entre otras cosas más,  porque cuenta con ciertas herramientas o metodologías para poner en práctica esta justicia, es decir porque cuenta con prácticas restaurativas que hacen realidad estos postulados de la justicia restaurativa.

Opino, igual que Howard Zehr, que no debemos perder el elemento justicia en los diferentes procesos o prácticas restaurativas que facilitemos. Es la Justicia la que nos va a permitir abordar cómo nos han causado un daño, cómo se puede enmendar este daño y quienes deben participar. No son prácticas restaurativas solo y exclusivamente para hablar, llevan un elemento de justicia aparejado que no se debe olvidar. Muchas personas me han comentado, que la palabra justicia puede asustar en contextos no penales, sin embargo, entiendo que todos queremos ser justos en nuestra vida cotidiana, y queremos enseñar a los jóvenes que es de justicia hacer lo correcto, que el que hace algo mal debe intentar hacer lo correcto. Conducirnos de forma justa es algo que nos humaniza, no hablo de justicia como juzgados, como procesos regulados en las normas creadas por el estado sino de justicia como principio moral que inclina a obrar y juzgar respetando la verdad y dando a cada uno lo que le corresponde. Son cuestiones terminológicas que para mi no tienen importancia, ya que lo que debemos tener en cuenta cual es el objetivo que queremos conseguir al aplicar la Justicia Restaurativa o las diferentes practicas restaurativas. Para esto, será importante tener en cuenta cuales son los valores que en cada caso consideramos esenciales para nutrir nuestra práctica de este enfoque restaurativo. 

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Livros & Informes

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  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
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  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
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