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6 de out. de 2014

Acerca de la "usurpación" de profesiones y la "mercantilización" de la Justicia Restaurativa

Estoy preocupada..... bastante...sé que siempre se busca el negocio en todo o casi todo y en el caso de la mediación y la Justicia Restaurativa es también evidente y palpable,  sin embargo, a veces uno no puede más que pensar en la gente, que se ve en parte "engañada" por ciertos cursos o por ciertos cantos de sirena.  Se ha presentado un curso especializado en mediación en una Universidad de prestigio en Castilla y León y como cada año, me he quedado estupefacta al ver la mezcla del temario por meter se mete todo lo que suene o parezca a mediación,por supuesto,  incluida la penal, a pesar de que debería saberse ya, que la mediación penal tiene unas características individuales y que se deberían diferencia sobre todo en curso destinado a dar formación a personas que pueden no saber bien estos matices.

Pero lo más sorprendente es que muchas clases teóricas se van a dar por profesores que pueden saber mucho de su área de conocimiento y pueden haber leído mucho pero no son mediadores, ni facilitadores de justicia restaurativa y esto no queda ahí, ya que  lo más impactante es que algunas de las clases prácticas, las van a impartir ( y lo sé bien) personas que no tienen título de mediación, entonces me pregunto ¿qué doble rasero que a algunos se les exige el curso para poder se mediador pero un curso ofertado por un profesorado que en muy escaso porcentaje son mediadores? ¿las clases prácticas no deben ser impartidas por profesionales que reunen los requisitos de formación necesarios?.
Esto me ha parecido indignante y pienso que yo que también soy mediadora deberíamos empezar a pensar más como colectivo por una profesión digna y reconocida, sino mucho me temo que al final regalaran los títulos de mediadores o de facilitadores con los cereales.

No obstante, si no se empieza a distinguir conceptos esto acabará siendo un caos, porque en la presentación de este curso, habló un juez , el segundo que más manda de todos los jueces y solo se le ocurrió decir además de alabar las bondades de la mediación penal, lo cual es cierto, sin duda alguna, que Europa pide la implementación de la mediación penal, esto me llena de dudas porque o no sabe que la decisión marco del 2001 ha sido sustituida ( y no creo que sea su caso) o no sabe que la Directiva Europea 2012 sobre derechos de víctimas que ha venido a sustituir a la mencionada decisión marco, no habla de mediación penal en ningún caso, habla y lo nuestro nos costó, de Justicia Restaurativa y Servicios de Justicia Restaurativa ( tampoco creo que sea lo que le ocurre). Mas bien opino que solo se sabe y a veces no muy bien,  lo que es mediación y de ahí que todo se quiera centrar en esta institución. Con esto, no quiero decir que la mediación penal sea mala, al contrario en mi experiencia la mediación penal es una buena herramienta de la Justicia Restaurativa, pero si se habla de justicia restaurativa es porque de esta forma a cada caso se podrá aplicar una herramienta o la herramienta que sea más adecuada, sin tener que ceñirnos en exclusiva a la mediación penal. Y por supuesto al hablar de Justicia Restaurativa no solo vamos a tener en cuenta los encuentros restaurativos sino que vamos a tratar a víctima e infractor desde el principio de una forma restauradora y humana,  buscando para cada supuesto y de forma individualizada qué herramienta o proceso restaurativo, les puede beneficiar más, en ocasiones puede ser la mediación penal pero en otras será otro. De todas formas, debo hacer una llamada de atención para que no se sigan mezclando conceptos y sobre todo no se usurpen profesiones ni se mercantilice en exceso, algo que está destinado a ayudar a las personas.
Posted: 04 Oct 2014

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Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
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