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29 de mai. de 2009

Artigo: MEDIAÇÃO ESCOLAR — UMA MUDANÇA DE PARADIGMA

Nos últimos anos temos assistido a um crescimento da Mediação de Conflitos em Portugal, tendo-se esta vindo a afirmar como uma resposta ao aumento da litigiosidade social, que permite uma maior satisfação das pessoas, ao verem atendidas as suas necessidades de forma mais célere.

Com a introdução da Mediação de Conflitos em Portugal, começou-se também a falar da Mediação em contexto escolar. O ambiente emocional que se vive neste contexto é uma condicionante para o papel que todos os intervenientes devem desempenhar.

A direcção da escola, os docentes, o pessoal auxiliar e administrativo, os estudantes e os pais não podem alhear-se da construção do ambiente escolar nas suas diversas responsabilidades.

Um programa de Mediação Escolar implica que todos os elementos da comunidade educativa possam intervir de modo a serem ouvidos, numa mudança de cultura e de hábitos de resolução de conflitos. Esta nova forma de lidar com o conflito é necessária às diversas componentes da nossa vida, pois ele é inerente às relações entre pessoas e entre grupos. Infelizmente, as crianças, os jovens e os adultos não possuem as ferramentas necessárias para resolver os conflitos da forma mais benéfica para todos. A escola tem a obrigação e a responsabilidade de formar os estudantes para a vida em sociedade, propondo uma concepção democrática do funcionamento escolar, através da participação de todos os intervenientes, procurando que analisem as suas condutas e que estas possam ter influência na conduta dos outros.

Procura-se a descoberta de habilidades individuais e em grupo, para uma resolução pacífica e criativa dos conflitos. Atente-se, por exemplo, nas palavras do antigo secretário-geral da UNESCO, Federico Mayor Zaragoza, quando diz: “Temos de desarmar a história. Ensinamos aos nossos filhos a história do poder. Não do saber. A da guerra, não a da cultura. História repleta de acontecimentos bélicos, com o ruído das armas como única banda sonora. Temos, pois, de mudar. Sim, temos de aprender a pagar o preço da paz, como tivemos que pagar o preço da guerra. É necessário estabelecer novas prioridades.”

Pequena resenha histórica da resolução de conflitos em contexto escolar

É uma história relativamente curta. O seu início não tem mais de três décadas e tem sofrido um crescimento notável nos últimos anos. Os programas de resolução de conflitos tiveram origem fora do contexto escolar. Na década de 1970, nos Estados Unidos da América, a administração do presidente Jimmy Cárter impulsionou a criação de centros de Mediação Comunitária. O objectivo destes centros era oferecer uma alternativa aos tribunais, permitindo aos cidadãos reunir-se e procurarem uma solução para a questão que ali os levava. Estes programas, que tiveram enorme
êxito, estenderam-se a todos os Estados Unidos e, um pouco mais tarde, a todo o mundo.

Foi no início da década de 1980 que alguns programas de Mediação Comunitária procuraram abarcar também a escola, ensinando os estudantes a mediar conflitos com os colegas. Para Cohen, a transferência da resolução do conflito da comunidade para a escola partiu de quatro pressupostos:

1. O conflito é parte integrante da vida social e pode constituir uma oportunidade de aprendizagem e de crescimento pessoal para os participantes da vida escolar.

2. Já que o conflito é inevitável e inerente aos relacionamentos, a aprendizagem das habilidades para lidar com ele é tão inevitável como o estudo de outras disciplinas.

3. Os intervenientes na comunidade escolar podem, na maioria dos casos, resolver os seus conflitos com a ajuda de outros intervenientes.

4. Constitui uma forma de prevenir futuros conflitos, pois apela a um espírito de colaboração e não a uma cultura de imposição.

Em Portugal, têm surgido algumas experiências em Mediação Escolar, que terão sido iniciadas no final do séc. XX. A maioria destas experiências é centrada no aluno e alheia-se da comunidade escolar no seu todo. Por isso, tem terminado ao fim de dois/três anos por não conseguir gerar uma mudança de paradigma na área escolar, levando à manutenção de uma cultura de imposição.

Porquê a Mediação em contexto escolar

A aplicação de medidas, como os processos disciplinares ou as sanções, não dá uma resposta adequada, pois gera insatisfação nos intervenientes, desgastando-os emocionalmente. Muitas vezes, gera novos conflitos, pois os intervenientes não encontram os canais adequados para os gerir. Esta insatisfação afecta toda a instituição escolar, levando os alunos a sentirem que os adultos que trabalham na escola transmitem valores contrários aos da participação responsável e ao protagonismo crítico e transformador da sociedade. A escola acaba por adoptar determinados modelos administrativos que nem sempre alcançam os resultados desejados.

Abordar os conflitos escolares através da Mediação permite criar um sistema onde o conflito é encarado como natural, sendo dado protagonismo aos intervenientes para que o possam resolver. São estimulados os valores da solidariedade, tolerância, igualdade, bem como um juízo crítico, que promove a capacidade para inovar com a procura de novas soluções. Com a Mediação dá-se realce a princípios básicos como a cooperação, a co-responsabilidade e o respeito, lutando-se, desta forma, contra a instabilidade emocional que afecta os intervenientes na organização que é a escola.

Para que seja possível a implementação de um programa de Mediação de conflitos escolares, é necessário que sejam trabalhados diversos conceitos, como, por exemplo:

- Cooperação: os intervenientes na comunidade escolar aprendem a trabalhar juntos, a confiar, a ajudar e a partilhar com os outros intervenientes. Enquanto a cultura dominante leva a que os indivíduos procurem ganhar em vez de resolverem o problema, com a Mediação procuramos mudar a conduta individual. Os intervenientes na comunidade escolar devem trabalhar em conjunto para alcançar finalidades comuns. Deste modo, pensam a longo prazo, pois estabelecem regras de convivência para o futuro ao comunicarem de modo franco e preciso, procurando informar o outro e ser informado. Estabelecem a confiança como base comunicacional e estão dispostos a ouvir desejos, necessidades e pedidos do outro. Reconhecem o interesse em encontrar soluções que satisfaçam as necessidades de ambas as partes, definindo os conflitos como problemas comuns que devem ser solucionados para uma satisfação mútua.

- O conflito: devemos ensinar os alunos e os adultos a identificarem quando estamos ou não perante um conflito. Os conflitos são inevitáveis. Devemos é procurar administrá-los de forma construtiva. Se o conseguirmos fazer,
a) Todos os intervenientes saem satisfeitos com o resultado;
b) As relações fortalecem-se e melhoram;
c) Aumenta a capacidade para resolver futuros conflitos;
d) A atenção é canalizada para a resolução dos problemas atendendo às necessidades individuais;
e) Permite conhecermo-nos a nós próprios e saber quais os valores pelos quais nos regemos;
f) Ajuda-nos a compreender a outra pessoa e os seus valores;
g) Eliminamos ressentimentos e permite-nos expressar sentimentos positivos;
h) Permite-nos libertar as emoções (como ira, angústia, insegurança e tristeza). Não reprimir as emoções permite uma mente mais clara e saudável;
i) Permite-nos obter uma visão mais clara sobre os nossos interesses, compromissos e valores;
j) Trazemos novas metas e uma maior variedade à nossa vida.

- Comunicação: os intervenientes na comunidade escolar aprendem a observar cuidadosamente, a comunicar com precisão e a escutar sensivelmente.

- Respeitar a diversidade: os intervenientes na comunidade escolar aprendem que as pessoas são diferentes e que todos podemos ter entendimentos diferentes sobre determinada questão.

- Expressar as emoções: os intervenientes na comunidade escolar aprendem a expressar os seus sentimentos de forma não agressiva e não destrutiva e a autocontrolar-se.

- Resolução de conflitos: os intervenientes na comunidade escolar aprendem a utilizar algumas habilidades para resolverem criativamente alguns conflitos. Devem procurar negociar cooperativamente com o outro. Caso não seja possível, devem procurar recorrer a um terceiro (Mediador) que os ajude a mediar os conflitos com os companheiros.

Quando iniciamos a implementação de um projecto de Mediação Escolar temos de:

• Identificar as necessidades das instituições que vão beneficiar com o programa.
• O êxito do programa requer o apoio total da comunidade educativa.
• Há vantagens em ter professores treinados em Mediação de conflitos.
• É benéfico que esteja estabelecido de início:
- Quem poderá ser treinado em Mediação;
- Que disputas podem ser objecto de Mediação;
- Horários em que a Mediação poderá ser levada a cabo;
- Como serão encaminhados os casos para a Mediação;
- Quem coordena o programa dentro da escola.
• Um programa de formação em Mediação de conflitos delineado.
• A visualização de que o programa poderá trazer uma melhor organização para a escola.

Deste modo, Moore refere que um programa de Mediação Escolar global pretende:
1. Um programa de Mediação entre colegas, que trata de conflitos entre estudantes (dimensão horizontal), entre estudantes e adultos (dimensão vertical) e entre adultos (dimensão horizontal).

2. Os pais aceitam o programa, usando as habilidades em casa, dando apoio constante aos filhos.

3. A direcção da escola, os professores, o pessoal auxiliar e administrativo aceitam o programa, usando os princípios da Mediação, implementando-o e dirigindo os conflitos para a Mediação.

4. Ensinam-se todos os estudantes, na aula, a resolver conflitos através da comunicação eficaz e do desenvolvimento de habilidades pessoais (Mediação entre-pares).

5. Os adultos procuram resolver os seus conflitos através da Mediação (conflitos entre professores, entre professores e pais, etc., com recurso a Mediadores externos à instituição).

Com a Mediação procuramos alcançar a cooperação, que é definida por Deutsch como a situação em que os objectivos dos indivíduos são estabelecidos de tal forma que para que o objectivo de um deles possa ser alcançado, todos os demais integrantes deverão igualmente alcançar os seus respectivos objectivos. Para que um beneficie, todos devem beneficiar.

Bibliografia

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Pedro Morais Martins, Mediador de Conflitos e Vice-Presidente do IMAP - Instituto de
Mediação e Arbitragem de Portugal.

Fonte: Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios

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“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

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Marcel Proust


Livros & Informes

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