Pesquisar este blog

6 de dez. de 2018

Socioeducadores desenvolvem ações de voluntariado em unidades de atendimento socioeducativo

De acordo com o artigo 227 da Constituição Federal, é dever de cada cidadão assegurar à criança e ao adolescente os direitos básicos que lhe garantam segurança, saúde, cultura e um bom desenvolvimento social. Nesse sentido, profissionais do Sistema Socioeducativo, ligado à Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), desenvolvem ações e atividades de voluntariado para contribuir com a qualidade de vida de adolescentes cumpridores de medida socioeducativa.
Este serviço de voluntariado tem melhorado a realidade das unidades de atendimento socioeducativo no Estado. Desde 31 de agosto de 2017, data inicial para a posse dos profissionais efetivos do Sistema Socioeducativo, os socioeducadores, entre técnicos e analistas, articularam-se para a oferta de novas atividades. Como Onilda Rosa, técnica socioeducadora, que trabalha com o paisagismo e artesanato na Unidade de Semiliberdade (USL) Feminina de Palmas, e quis compartilhar com as adolescentes seus conhecimentos. “É importante para mim que meus conhecimentos sejam repassados a elas, pois meu trabalho aqui não é apenas de manter a segurança, mas também de educar”, ressalta a técnica.












Foto: Flávia Oliveira

Zeroildes Miranda, assistente social e chefe de unidade, evidencia que antes na USL Feminina havia a disseminação de uma cultura de medo, onde imaginavam que os vasos ou quadros que tivessem dentro da unidade pudessem oferecer riscos à segurança, todavia o efeito observado foi exatamente o contrário. “O Sistema socioeducativo evolui a partir do momento que destacamos as ações voluntárias e pedagógicas dentro do Sistema”, destaca.












Foto: Flávia Oliveira
A adesão do adolescente não é obrigatória, e como o tempo de permanência dele em um Centro de Internação Provisória (CEIP) é limitado. “Fica configurada esta brevidade como o maior desafio na adesão aos serviços propostos”, explica a servidora Edicleia Piassaba, que ensina a língua inglesa nas unidades.
Justiça Restaurativa
No que tange à restauração da paz em situações de conflito, os Círculos de Construção de Paz da Justiça Restaurativa são realizados pela servidora Francinete Noleto no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc). Este trabalho conta com o apoio do coordenador da Unidade de Semiliberdade (USL) masculina de Araguaína, Davi Almeida Borba, que disponibiliza o veículo para transporte tanto dos adolescentes como da família em salas na Cejusc.
São muitos os talentos e todos podem ajudar. “Acredito que o ensino de música através do voluntariado é uma oportunidade de democratizar a educação musical através do ensino coletivo que, no nosso país, em muitos casos, restringe-se a apenas àqueles que têm condições de pagar uma escola de música especializada que no geral são caras e excludentes”, ressalta a Josiane Silveira, que ministra aulas de flauta doce no Ceip Norte.
Assistência Religiosa
A assistência religiosa é uma área que tem recebido muita atenção e servido como ferramenta eficaz na melhoria do comportamento e convívio dos adolescentes. “Minha intenção é simplesmente melhorar o ambiente de trabalho entre o relacionamento de adolescentes e servidores e proporcionar uma oportunidade para eles verem a vida de outra maneira, diferente daquela que eles viviam”, explana o servidor Eldine Conceição, técnico socioeducador do sistema, que faz um voluntariado como pastor.

Nenhum comentário:

“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.