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24 de jan. de 2018

Professores da rede estadual participam de curso sobre práticas restaurativas em Santana

Primeiro módulo do Curso de Práticas de Justiça Restaurativa vai até o dia 26 de janeiro, no Senac de Santana
 Com o objetivo de promover a cultura da paz nas escolas por meio do diálogo e do respeito, o Governo do Estado Amapá (GEA), em parceria com Ministério Público Estadual (MP-AP) e Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), realiza o Curso de Práticas de Justiça Restaurativa a 70 professores da rede estadual, que multiplicarão esse conhecimento em Santana. A capacitação ocorrerá no Senac-Santana em três módulos. O primeiro será de 22 a 26 de janeiro, sob consultoria do Instituto Them, de São Paulo.
Nesse módulo, será feita uma conexão com os participantes colhendo as expectativas dos profissionais com diálogo e exercícios sobre as práticas restaurativas, com foco na substituição da punição pela responsabilização. O curso terá dinâmicas com teoria, vivências, vídeos e compartilhamento de experiências sobre a importância da autonomia de cada pessoa nos relacionamentos.
Os participantes também vão atuar no Programa Educação para a Paz - uma política de Estado criada para promover a cultura da paz e a prevenção da violência para a melhoria da convivência nas unidades educacionais. A ideia é aplicar nas escolas valores e metodologias da Justiça Restaurativa, pacificando as relações e exaltando o diálogo, a tolerância e solidariedade como métodos de resolução de conflitos e colaborando, também, com a diminuição da evasão escolar ocasionada por atitudes discriminatórias e preconceituosas.
De acordo com a secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, é fundamental desenvolver as competências socioemocionais no ambiente escolar para reverter o atual cenário da educação amapaense. “É nosso dever buscar mecanismos que amenizem esse cenário tão desafiador que temos hoje envolvendo a juventude. Queremos preparar as escolas e mobilizar os estudantes para que eles estejam mais envolvidos com a escola”, frisou.
Para a juíza Larissa Norinha, titular na Vara da Infância e Juventude de Santana, a parceria com a Secretaria de Educação consolida o trabalho desenvolvido dentro do Ministério Público com bons resultados no relacionamento dentro e fora das escolas, na diminuição da violência como um todo e da redução no número de novos processos na Justiça.
A coordenadora do Núcleo de Práticas Restaurativas de Santana, promotora de Justiça Silvia Canela, pontuou que as práticas restaurativas são fundamentais para construir um mundo melhor, começando pela educação.
Segundo a professora Lilian Martins, de 42 anos, mais da metade deles dedicados à educação, é preciso resgatar a humanização dos estudantes favorecendo a formação escolar e cidadã. “A eficácia desse trabalho nas escolas consiste na melhora do relacionamento com o desenvolvimento das competências socioemotivas e da inteligência emocional de cada um”, afirmou.
Haverá outros dois módulos do curso em fevereiro e março deste ano. Após a formação, os educadores irão às escolas de Santana para multiplicar as práticas restaurativas. A expectativa é que a capacitação também chegue a outros municípios do Estado.

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Livros & Informes

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