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23 de jan. de 2018

El objetivo de la Justicia Restaurativa es reparación y reintegración

Posted: 30 Dec 2017 12:34 AM PST
El objetivo de la Justicia Restaurativa y sus diferentes prácticas,  no es agilizar la justicia o descongestionar los juzgados,  es decir no está hecha para hace la vida más sencilla a los operadores jurídicos, pensar en este objetivo como esencial, es como si una vez más "robáramos el protagonismo a los verdaderamente afectados por el delito". Además precisamente esta Justicia surgió para devolver la participación y la voz a los que son los verdaderamente afectados por el delito: víctima, infractor y comunidad. El objetivo es dejar de pensar que el delito es solo una violación de la norma creada por el estado,  para entender que lo que hace es quebrar las relaciones entre las personas, rompen los lazos sociales y por eso, el centro de atención no es agilizar los juzgados sino que las personas encuentren su camino restaurativo hacia la curación y puedan volver a la comunidad sin el estigma de delincuente o víctima.

Sé que pensar esto no es sencillo para muchos juristas, pero es sin duda algo más humano y no está en contra del sistema penal actual, ya que muchos mecanismos que contempla la justicia penal a través de los procesos restaurativos serían más justos y las víctimas, los verían del todo acertados, por ejemplo, ¿por qué no aplicar un atenuante de reparación del daño al infractor que a través de un proceso restaurativo ha visto el impacto de su acción y se compromete de forma voluntaria a reparar el daño no solo material sino moral?

De ahí que los verdaderos objetivos de la justicia restaurativa se centran en:

Reparación de la víctima ( porque nos ocupamos del daño causado por la ofensa) Además de la reparación nos ocupamos de las necesidades de las víctimas de sentir que son escuchadas, atendidas, respetadas y que se las informa de todo el proceso, en todo momento.

Reintegración de la víctima e infractor (porque deseamos un futuro con menos delitos, en el que se pueda vivir en paz y armonía) En este sentido y como dice Braithwaite la Justicia Restaurativa puede ser un proceso constructivo y preventivo en el que se obtiene un compromiso mucho más autentico de hacer las cosas necesarias para impedir que se produzca otro delito de este tipo en el futuro, gracias al grado de intimidad en la conversación que reune a los afectados por el delito. La Justicia Restaurativa debe llevar al remordimiento.

Estos son realmente los objetivos principales de la justicia restaurativa, aunque algunos se empeñen en decir que además de la supuesta agilización de la justicia, el perdón o la reconciliación con la otra partes es un objetivo, esto no es así. El perdón es algo muy personal de cada víctima que puede surgir espontáneamente duramente el proceso restaurativo pero esto dependerá de cada persona. Cierto es que muchas víctimas encuentran en el perdón un grado de liberación que hace que desde ese momento puedan empezar a curar sus heridas. Sin embargo, al ser una opción personal, no se puede obligar a nadie a perdonar, ni tampoco se puede "demonizar" a aquellas personas que no quieran participar en un proceso restaurativo ni perdonar, si no lo desean. Y es que debemos ofrecer a cada víctima, las herramientas y valores restaurativos necesarios para que cada uno pueda encontrar su propio "camino restaurativo", que la permita superar o mitigar el dolor que el delito la ha causado

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Livros & Informes

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