Pesquisar este blog

14 de nov. de 2017

TJ realiza curso em Justiça Restaurativa

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) realiza nesta semana (13 a 17 de novembro), a Capacitação da primeira turma de facilitadores de Círculos de Construção da Paz - Justiça Restaurativa, na Escola dos Servidores. Além de magistrados e servidores que trabalham no Sistema Socioeducativo, Varas de Infância e Juventude e Varas de Violência Doméstica, participam do curso psicólogos e assistentes sociais.
Um dos principais objetivos da capacitação é atender a Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre o tratamento adequado dos conflitos de interesses, quanto à formação e treinamento de servidores, mediadores e conciliadores, bem como a expansão da Justiça Restaurativa para que esses profissionais atuem em processos judiciais que envolvam conflito, mas que também atuem em círculos de diálogo, de conversação e possam trabalhar temas difíceis para prevenir conflitos.
A instrutora do Nupemec, Ana Teresa Pereira Luz falou da importância da realização desse curso e disse que os profissionais que dele participam são os que trabalham diretamente com o público atendido nos círculos restaurativos, nas Varas da Infância e Juventude, de Violência Doméstica e Juizado Especial Criminal. A servidora disse também que até dezembro será feita uma expansão considerável com foco na meta do CNJ.
“Esse é o primeiro curso desse tipo promovido pelo Poder Judiciário e a importância é formar mão de obra para atender a demanda. Atualmente temos quatro facilitadores atuando e até o fim do ano vamos fazer mais três capacitações e com isso formaremos 75 facilitadores”, afirmou.
A instrutora em Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Jaklane de Souza Almeida foi convidada para ministrar a capacitação e disse que esta é uma oportunidade que permite que os facilitadores possam trabalhar, por exemplo, em escolas as questões que ainda não foram judicializadas ou atuar com temas difíceis para uma comunidade.
Para Jaklane esta é uma iniciativa positiva por parte do TJMT onde, inclusive, há a troca de ideias e de experiências. “O grupo que está aqui já tem uma caminhada com resolução de conflitos com outros métodos e o tribunal está na vanguarda em trazer mais uma ferramenta. Apesar de já ter uma experiência longa e sedimentada, trás muitas iniciativas e essa pioneira, com um grupo de profissionais com vontade e experiência em outros métodos é muito positivo. É gratificante estar participando disso”, enfatizou.
Quem também participa do curso é a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), Jaqueline Cherulli, que avaliou a capacitação como uma oportunidade fantástica. A magistrada destacou a importância das equipes, o trabalho que elas desenvolvem e a relevância de expansão desse projeto.
“O Poder Judiciário está aqui para atender metas, determinações e sugestões do CNJ. A Justiça Restaurativa é um olhar diferente para fatos do dia a dia onde quem praticou o ato vai se responsabilizar pelo que praticou, vai olhar para quem ele ofende, para quem sofreu o dano, numa tentativa de se colocar no lugar dele e procurar de alguma forma, dentro do possível, reparar esse dano. É uma visão totalmente diferente que o direito até então vem aplicando. É uma justiça diferente e é importantíssimo que nós possamos ter também essa forma de trabalho aqui”, afirmou.
A psicóloga Adriana Pontes trabalha com psicologia jurídica em universidade e é uma das participantes da capacitação. Para ela, o curso oferece a oportunidade de reforçar a importância da humanização das relações nos mais diversos segmentos. “Considerando que a gente vive muitos conflitos no dia a dia, esse curso traz pra gente instrumentos, recursos e estratégias para que coloquemos em prática com mais técnica, sabedoria e propriedade, auxiliando o outro na resolução dos seus conflitos”, comentou.

Nenhum comentário:

“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.