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27 de nov. de 2017

Decreto regulamenta lei da Justiça Restaurativa

Capacitação de profissionais para Justiça Restaurativa. Várias pessoas estão sentadas em semi-círculo com uma mulher falando a todos. No chão há uma espécie de um tapete redondo com objetos em cima. #pracegover
A Justiça Restaurativa, novo modelo de mediação de conflitos, por meio do diálogo entre todos os envolvidos, com base na reparação do dano, e não na punição, agora está garantida como política pública.
A regulamentação do programa será publica na edição desta sexta-feira do Diário Oficial.
O decreto prevê a criação da Comissão de Gestão formada por representantes das secretarias de Educação, Relações Institucionais e Cidadania, Assistência Social, Saúde, Segurança e Governo, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Municipal de Educação.
Além disso, serão convidados a participar membros do poder judiciário estadual, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual e Legislativo Municipal. O presidente da comissão será o secretário de educação.
O documento ainda institui que os núcleos do programa serão chamados de Núcleos de Educação para a Paz, que poderão ser instalados em associações de moradores, entidades da rede socioassistencial, conselhos tutelares, conselhos de escola, ou em qualquer outra instituição pública ou privada, vinculada ou não ao Município, desde que em parceria com a iniciativa.
O espaço dentro da secretaria de educação terá a denominação de Núcleo Interinstitucional de Educação para a Paz. A ação contará com monitoramento, avaliação e auditoria.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Iniciada em Santos em outubro de 2014, em nove escolas-piloto, hoje a Justiça Restaurativa está presente em 28 unidades municipais.
Sua implementação contou com o trabalho integrado entre as secretarias municipais de Educação, Defesa da Cidadania, Assistência Social, Saúde e Segurança, os conselhos municipais da Educação e do Direito da Criança e do Adolescente, UniSantos, Vara da Infância e da Juventude e do Idoso, Ministério Público e Defensoria Pública.
Atualmente, são 273 agentes de paz (41 multiplicadores e 232 facilitadores), que realizaram, nos últimos 24 meses, 230 círculos restaurativos. Em outubro, foi iniciada a formação de mais 300 facilitadores.
Os facilitadores são professores, inspetores de alunos, cozinheiros, entre outros profissionais, aptos a intermediar e prevenir ocorrências (bullying, brigas, problemas familiares, entre outros), por meio do diálogo entre os envolvidos (estudantes, familiares e educadores).
Já os multiplicadores abrangem professores, orientadores pedagógicos, supervisores de ensino, assistentes sociais, psicólogos, conselheiros tutelares, guardas municipais, que difundem a prática e contribuem na formação dos facilitadores.
AÇÕES
Coordenadora operacional da Justiça Restaurativa na Seduc, Liliane Claro de Rezende lembra que diversas ações foram realizadas com os Grêmios Estudantis, Conselhos de Escola e no Programa Escola Total, estimulando o protagonismo juvenil e valores, como respeito e amizade, no enfrentamento de conflitos e bullying. “Muitas vezes é bem mais duro enfrentar o dano e a dor causados, entendendo porque está sendo responsabilizado. Na Justiça Restaurativa, a responsabilização é coletiva, toda a comunidade envolvida participa, inclusive a família”.

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“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
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