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30 de jan. de 2017

Algunas consideraciones sobre Justicia Restaurativa en delitos graves como abusos sexuales (IV)

Posted: 27 Jan 2017 11:04 PM PST
Finalmente, hoy quiero hablar de las últimas consideraciones que he extraído del libro, The Little Book of Restorative Justice for Sexual Abuse y que han venido a corroborar la idea de que podemos brindar la respuesta restaurativa más adecuada a cada caso. En ocasiones será una respuesta totalmente restaurativa con procesos o práctica "ideales" pero en otras no será posible o deseable y aún así podremos ofrecer una ayuda para sanar a los que de alguna manera estén afectados por el delito que se ha cometido. Por último,  se puede decir que la justicia restaurativa aporta conciencia, o más bien conciencia a la sociedad de la necesidad de ayudar a "sanar las heridas" y trabaja en la prevención de mayores conflictos dentro de las comunidades. Y es que aunque pensemos que no, la comunidad sufre el impacto del delito y necesita "sanar" la crisis que se produce como consecuencia del delito.  ¿Cómo conseguir esto? A través de reuniones restaurativas para preguntas, reuniones de círculo para escuchar los daños y sentimientos y grupos de resolución o gestión de problemas que discutan la planificación futura. 
En este caso se pueden aplicar muchas prácticas restaurativas para gestionar, cómo va a afrontar la comunidad, el delito que se ha cometido, y en qué manera van a intentar que infractor y víctimas puedan reintegrarse de nuevo en ella, adoptando las medidas adecuadas y sin interferir en el proceso penal tradicional ( si fuera el caso para el infractor). Son procesos restaurativos comunitarios, que nos retrotraen a la esencia de la Justicia Restaurativa y sin lugar a dudas, son grandes aliados para fortalecer los lazos sociales y pacificar la comunidad, tras un delito que ha generado gran alarma, o simplemente tras situaciones conflictivas que han enfrentado al barrio o a sus miembros.

Y en esto incide el libro cuando afirma que la justicia restaurativa se puede utilizar como un proceso de diálogo para los grupos comunitarios, incluso cuando los involucrados directos y / o los infractores no desean participar. Y aunque muchos crean que no es justicia restaurativa, si lo es, no será igual algo totalmente restaurativo pero al menos en cierta medida si, y estará dando voz a otros afectados indirectamente por el delito: la sociedad. Estas reuniones además, pueden ayudar a prevenir futuros abusos reconociendo el daño que producen y en qué medida son habituales en el entorno de esa comunidad en concreto. La Justicia Restaurativa centrada en las víctimas, trae el delito  a la luz creando lugares para hablar abiertamente sobre él y tomar medidas para prevenirlo. Estas consideraciones tienen validez para toda clase de delitos, pero sin duda, en algunos más graves, como los abusos, que crean además alarma social, son donde más sentido pueden cobrar todas estas consideraciones y medidas restaurativas de las que he hablado.

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Livros & Informes

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  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
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