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17 de mar. de 2015

La Justicia Restaurativa funciona y existe...a pesar de lo que algunos teóricos opinan


Tras muchas noticias, faltas de claridad sobre qué es Justicia Restaurativa y su alcance, me he dado cuenta que muchos no solo no creen en ella sino que la ven un tanto utópica. Me explico, parece que no cuesta nada hablar de mediación y menos de mediación penal pero en cuanto a Justicia Restaurativa, esto si supone un gran trabajo. Algún profesor de Universidad y que curiosamente investiga temas de mediación, e incluso ha sacado algún libro de Justicia Restaurativa, me dijo hace poco, que no creía en la Justicia Restaurativa, que esto era un invento anglosajón y que solo la veía posible para la reparación material de la víctima. Una abogada mediadora me comentaba que si a un cliente le dice esto de Justicia Restaurativa, no iba a saber lo qué es.
Estos son algunos comentarios que recogí en uno de mis viajes y que realmente me preocupan, sobre todo el profesor, porque sé que muchos por el hecho de serlo comprarán su próximo libro y se llevaran una idea totalmente equivocada del alcance de la Justicia Restaurativa. ¿Por qué? Porque precisamente los procesos restaurativos van mucho más allá de la reparación material, aunque no la excluye sino que dan un paso más, por eso la Justicia Restaurativa no es exactamente lo opuesto a la Retributiva, y es que para las víctimas existen otra serie de necesidades, que la Justicia tradicional no aborda.

 Algunas de estas necesidades son las siguientes:
Información, necesitan información real y no especulaciones o información legal
Contar la verdad: un elemento importante es la curación y superación del delito, para esto es esencial que puedan tener la oportunidad de contar su historia, qué ocurrió. 
Empoderamiento; las víctimas suelen sentir que no tienen control sobre sus emociones, su vida..todo es controlado por el delito. La participación que fomenta la justicia restaurativa las hace sentir que recuperan el control y el poder sobre su vida
Restitución, cuando un infractor hace un esfuerzo por hacer las cosas bien, aunque sea parcial implica que está diciendo: estoy tomando responsabilidad y no fue tu culpa

Como se puede ver, las necesidades de las víctimas van mucho más allá de la visión simplista y legalista de la reparación material, es algo más profundo y humano. No entiendo que se diga que no va a funcionar en España cuando sabemos que ya está funcionando, los teóricos deberían bajar alguna vez a la práctica y ver la realidad social.
De la misma manera, a la abogada que decía que sus clientes no iban a saber qué es esta Justicia, por supuesto que de primeras no, igual que mucha gente incluidos jueces, fiscales, profesores, abogados y otros operadores jurídicos no lo saben, pero para los destinatarios de esta justicia, lo importante es el resultado, que vean que van a ser protagonistas de un hecho que les afecta tan directamente y sobre todo que será un proceso más cercano y humano en el que serán tenidas en cuenta sus opiniones.
Es mucho más fácil la práctica que la teoría puesto que es la Justicia más natural y humana, eso sí, lo que no podemos hacer es exportar un modelo de otro país, porque es una Justicia del sentido común, arraigada en cultura y la tradición, debemos ver qué valores y principios vamos a seguir y buscar un modelo que sea adecuado a nuestra realidad, y yo diría a cada caso concreto. La flexibilidad es esencial en estos procesos, por eso algunas veces será útil la mediación penal pero en otros casos, deberemos buscar otras herramientas más inclusivas y participativas.


 Justicia Restaurativa por Virginia Domingo  . Posted: 16 Mar 2015.

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Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
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  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
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