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7 de jan. de 2015

Los peligros de no saber transmitir al ciudadano qué es la Justicia Restaurativa

Hace un par de años tuve la oportunidad de escuchar a Ezzat Fattah, él ya preveía lo que podía pasar, si se hace mal uso de la Justicia Restaurativa

Para Ezzat, fallamos en cómo se muestra al público la Justicia Restaurativa pues esta sigue contando con las reticencias de muchos miembros de la comunidad, políticos y algunos operadores jurídicos. Probablemente, esto sea porque no sabemos explicar a la sociedad,  los beneficios jurídicos con realismo y eficacia,para esto, no ayuda nada cuando se muestra los procesos restaurativos como medio para evitar los juzgados, no es un mecanismo alternativo, y esto no nos lo sacamos de la cabeza,precisamente porque siempre lo relacionamos con la mediación, y esto nos lleva a pensar que es un método alternativo para la solución de conflictos. Con esta visión, el ciudadano va a creer que es una justicia "blanda" y que lo que se quiere es que los infractores no reciban su "castigo y el reproche de la sociedad"y esto no es cierto, los procesos restaurativos son tanto o más eficaces en delitos graves, y en estos casos será un complemento, puesto que no se evitará el juicio y el infractor si fuera culpable recibirá su condena, lo único es que se podrá aprovechar de los beneficios que ya existen en la ley, como las sentencias de conformidad o atenuante de reparación en España, y con la gran diferencia que a través de estos procesos restaurativos, sabremos que la conformidad del infractor con la sentencia por ejemplo, es más sincera porque ha visto el impacto del delito y sin que lo imponga un juez, ha decidido mitigar o compensar el daño.

 También ha hecho mucho daño que algunos operadores jurídicos concedan beneficios penitenciarios a ciertos presos,  aludiendo a que han participado en un proceso restaurativo, ¿por qué? porque por el mero hecho de participar, esto no es así, lo que deberían haber explicado es la concesión de los beneficios porque han reconocido el daño causado y han reparado pero no porque decidieron participar en un encuentro restaurativo. Todas estas noticias claramente no ayudan a la mejor comprensión del alcance y beneficios de la justicia restaurativa por el ciudadano, máxime si tenemos en cuenta el descontento generalizado de los ciudadanos con la justicia en general

Además debemos evitar algunos peligros que pueden surgir al aplicar esta justicia. ¿Cuáles son estos peligros? Existen varias peligros evidentes el primero es su posible aplicación apresurada y defectuosa, se hace necesario contar con el apoyo de la comunidad, ya que es una justicia comunitaria y si se burocratiza y se controla por jueces y fiscales pierde su esencia. Además la Justicia Restaurativa no puede ser gestionada por los mismo organismos que ya existen en el sistema de justicia penal porque perdería su eficacia, de esto he hablado en muchas ocasiones, y Fattah también lo consideraba obviamente un peligro, el hecho de convertir esta justicia restaurativa en más de lo mismo, y con esto volver a corroborar el desencanto que sienten los ciudadanos con la Justicia en general y por supuesto, corremos el  peligro de olvidar que esta justicia se centra en las víctimas por sobre todas las cosas.


Posted: 03 Jan 2015

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Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
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  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
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