Pesquisar este blog
20 de out. de 2008
O significado do apoio de Colin Powell
O apoio do General Colin Powell, que serviu a Bush pai e a Bush filho, tem vários significados relevantes. O primeiro deles: assegurar aos militares de um modo geral, na ativa ou aposentados, e, especialmente aos da Flórida, Ohio e Pensilvânia, Estados ainda em disputa, que Barack Obama é um candidato confiável e consistente. Em suas palavras, o novo líder que pode eletrizar o mundo.
Powell repercute também entre os aposentados civis da Flórida - quase todos vindos da cidade de Nova York – afiançando que o senador democrata não é um esquerdista inconseqüente, vinculado a terroristas, como a campanha de John McCain quer caracterizá-lo. A Flórida elege 37 delegados. Seus moradores aposentados viveram a parte do leão de suas vidas no período da Guerra Fria e são todos anticomunistas.
Além disso, desconstrói toda a retórica da campanha republicana sobre o candidato democrata, ao dizer que “Barack Obama será um presidente excepcional”, afastando – de vez – o argumento da inexperiência. Powell criticou duramente os que insistem em estigmatizar Barack Obama como muçulmano, anti-americano.
Mensagem igualmente para “Fox News”, que o desenhou como “um freak” (um maluco). Censurou, de modo veemente, a guinada à extrema direita do Partido Republicano, que, por isso, deixa, segundo ele, de incluir em suas propostas projetos para cidadãos centristas e moderados. O alvo foi o que representa a delirante Sarah Palin – evengélica que acredita que o aquecimento global é expressão da vontade de Deus. Powell pôs ordem na casa e elevou o nível da campanha. Palin acirra, em seus comícios, a divisão entre os americanos, declarando haver regiões a favor e contra “a América”.
Estas divisões são o maior problema dos EUA nas últimas décadas: muitos países em um – com repercussões graves para o mundo todo. Nenhum projeto de governo funciona ante tal desacordo, babélico.
Recessão intelectual
A proposta de Barack Obama é, justamente, a de atenuar tais cisões e restabelecer os laços sociais, para poder efetivamente governar, sob o prisma de uma justiça restaurativa. Ele entende que não vai enfrentar com sucesso os desafios da crise econômica, da reanimação dos parceiros internacionais, do aquecimento global, sem uma sociedade menos dividida e anômica.
A recessão intelectual dos americanos é uma de suas preocupações. Powell reforçou essa linha de pensamento e atuação. O ex-presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, New Gingrich afirmou que o endosso de Powell representa a última facada num moribundo McCain.
Na verdade, Powell decepcionou-se com a selvageria republicana, que transformou McCain de um liberal de direita, “clássico”, até antiBush, ao McPalin dos ataques pessoais baixos, sob a direção de Karl Rove – o homem de George Walker Bush – o Napoleão III, o idiota. Até o momento, o General foi o único republicano que seguiu o slogan “Country first” (O país em primeiro lugar).
Quanto à raça, observo que, se John Kennedy perdeu votos dos evangélicos em 1960, aumentou em grande número o voto dos católicos, que afluíram às urnas em quantidade inédita até então. O catolicismo do governador do Estado de Nova York, Alfred Smith (1873-1944), que perdeu as eleições de 1928, não impediu Kennedy de eleger-se em 1960: o preconceito diminuira muito. Em 2004, 60% dos eleitores negros foram às urnas e 88% votaram em John Kerry. Estima-se que, esse ano, 90% vão comparecer e votar. O racismo envergonhado dos brancos não terá influência decisiva.
20/10 - 12:18 - Régis Bonvicino, especial para o Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/10/20/o_significado_do_apoio_de_collin_powell_2056719.html
“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.
"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).
"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).
“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust
Livros & Informes
- ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
- AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
- ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
- AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
- AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
- CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
- FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
- GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
- Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
- KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
- KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
- LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
- MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
- MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
- MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
- OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
- PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
- PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
- RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
- ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
- ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
- SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
- SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
- SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
- SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
- SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
- SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
- SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
- SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
- SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
- SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
- SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
- VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
- VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
- WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
- WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
- ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
- ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário