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28 de jan. de 2019

La verguenza reintegrativa en jóvenes infractores

Posted: 26 Jan 2019 04:21 PM PST
En muchas ocasiones he hablado de la vergüenza reintegrativa, un concepto acuñado por John Braithwaite y que está íntimamente relacionado con la Justicia Restaurativa. Esta justicia busca la responsabilización del infractor, que la persona que ha causado un daño, sé de cuenta del impacto de su conducta, vea que el hecho delictivo no pasó simplemente sino que el provocó que pasara.La vergüenza reintegrativa, desaprueba el acto ilícito, el delito pero respeta al infractor, estigmatiza el mal pero no al infractor, frente a la vergüenza estigmatizante que lo que hace es reprobar el acto dañoso, a través de humillar a la persona que lo ha ocasionado.La vergüenza reintegrativa es aplicable a cualquier infractor puesto que todos merecemos una segunda oportunidad para hacer las cosas bien, pero sin duda, en jóvenes cobra mayor importancia.Como decía, Braithwaite es la vergüenza de los ojos de los que te quieren, los que te puede hacer cambiar, esto ¿qué implica? Pues que siempre que sea posible la participación e implicación de la familia en la gestión del delito y su forma de abordarlo, es importante, de ahí, que los procesos restaurativos como las conferencias, son muy importantes. 

Cuando el joven ha cometido un delito, se enfrenta a sentimientos contradictorios como la vergüenza y la culpabilidad, este sentimiento de vergüenza, le hace no reconocer lo que ha hecho, justificar su conducta ( entran en juego frecuentemente las técnicas de neutralización de Matza y Skyes) o incluso traslada la culpa a otras personas o a la propia víctima. 
Para muchos, el hecho de haber cometido un delito y causar un daño a otra persona, implica también que han perdido la confianza de sus seres queridos, piensan que sus allegados, ya no confían en ellos, que les repudian, y que no les ven capaces de hacer algo bueno.

Estos sentimientos pueden "minar" la conducta del joven y rehusarse a responsabilizarse y asumir lo que ha ocasionado. Sin embargo, esto puede cambiar, si el joven siente apoyo de sus allegados, éstos le van a reprochar su conducta, pero a la vez, le van a decir que si quiere cambiar, va a tener una oportunidad y ellos le van a apoyar. Se va a estigmatizar al "pecado" pero no al pecador, y esto  supone en el joven una puerta abierta para el futuro. Sus familiares, le ofrecen una "vía" para recuperar la confianza en él, y que puedan ver que es alguien capaz de hacer cosas de provecho ¿cómo? La mejor forma de que el joven infractor pueda recuperar la confianza de sus seres queridos es a través de la responsabilización, y sobre todo a través de que asuma su deber de hacer lo correcto. Y es que desde que somos pequeños, se nos enseña que el que hace algo mal, debe pedir perdón y compensar o mitigar el daño, y esto no se nos debería olvidar nunca durante toda nuestra vida. El ser humano puede "fallar", puede hacer cosas mal, pero todos merecemos una segunda oportunidad, y ésta debe pasar por el remordimiento, y todas las acciones necesarias para reparar el daño. 

Así, el joven demostrará a sus allegados que es capaz de hacer cosas útiles y productivas, y que pueden seguir confiando en él. Sin duda, para muchos infractores, especialmente jóvenes, lo más duro es pensar que cuando sus seres queridos se enteren de lo que ha hecho, les van a dar la espalda y no van a volver a confiar en ellos, a través de procesos restaurativos más participativos como las conferencias, va a sentir el reproche pero también el apoyo de no solo su familia sino también de la comunidad. Porque a todos nosotros como miembros de la comunidad, nos interesa que haya más personas responsables, y que han aprendido que el que hace algo mal debe hacer lo correcto y no como un castigo sino porque es lo lógico, lo justo y lo normal. Así seguro que hay menos probabilidades que nos convirtamos en futuras víctimas.

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Livros & Informes

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