Em São José dos Campos o caso é semelhante. O filho de Luciana de Ávila foi transferido de uma escola estadual. Nos últimos meses ele estava apanhando no intervalo de um grupo de alunos repetentes. “Eles diziam que se ele não entregasse o lanche, apanhava. E mesmo quando dava o lanche, acabava apanhando”, contou Luciana.
Entre crianças e jovens o bullying sempre existiu. Quem não conhece histórias e se lembra de ameaças, brigas, ofensas e apelidos maldosos? Só que está errado pensar que é “coisa de criança” ter comportamento desse tipo. Na verdade o bullying dentro e fora da escola é assunto sério.
Em uma escola municipal de São José o tema é debatido em conjunto. Professores, pais e os próprios estudantes tentam achar soluções: é a justiça restaurativa. “Não existe mais a punição. Eles, entre eles, conversam e refletem sobre as atitudes que tiveram e conseguem entrar num acordo”, explicou a diretora Adriana Da Silva. “É se colocar no lugar do outro. Porque antes eram crianças brigando na hora da saída, e hoje quase não tem”, garante a aluna Tainara Menezes.
Quando o bullyng é ainda mais grave, a orientação é que ele seja encaminhado para o conselho tutelar, que tenta resolver a situação acompanhando as vítimas e também os agressores. “O que é importante: ter monitores, o intervalo dos menores ser diferente do horário dos maiores, e trabalhar a auto-estima, fazer campanhas. Porque a pessoa que tem auto-confiança boa, raramente vai deixar alguém praticar bullying em cima dela”, explicou a psicóloga Fabiana Luckemeyer.
Vnews. 20/06/2011.
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