A Justiça Restaurativa é um modelo difundido em vários países para pacificar relações prejudicadas pela violência. Os idealizadores do projeto valorizam a autonomia e o diálogo, criando oportunidades para que autores e vítimas possam conversar e entender os motivos de uma desavença. Posteriormente, é feita a tentativa de restaurar a harmonia e o equilíbrio entre as partes. Apesar de ter sido criado a partir de situações vivenciadas no Poder Judiciário, os princípios e métodos podem aplicados em diversos campos. Isso inclui desde uma briga entre estudantes a um menor flagrado cometendo um ato de vandalismo.
Desde o início de julho, 70 profissionais da rede da infância e juventude estão sendo treinados para aplicar os métodos em suas áreas de atuação. O curso é de responsabilidade da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e contempla professores, educadores sociais, servidores do poder judiciário, monitores do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) e guardas municipais, entre outros. Deste grupo, 20 serão designados para atuarem como mediadores dos conflitos.
– Essas pessoas vão divulgar a Justiça Restaurativa e criar oportunidades para que ela seja aplicada em diversos setores – explica o juiz Leoberto Brancher, que implantou a ideia na 3ª Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre a atualmente trabalha em Caxias.
Inicialmente, o objetivo é trabalhar com casos menos graves. Situações mais complicadas devem ser resolvidas na Justiça. O projeto será testado nos próximos meses em uma entidade ainda a ser escolhida. A iniciativa é uma parceria entre a prefeitura, UCS, Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Juizado Regional da Infância e da Juventude e Ministério Público.
Fonte: Pioneiro.Caxias do Sul. 04/08/2010
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