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29 de ago. de 2019

La justicia restaurativa ayuda a las personas a "continuar"

Posted: 26 Aug 2019 04:04 PM PDT

TODOS PODEMOS SER BUENOS Y MALOS
Para nadie es un secreto que me encanta el cine, siempre he pensado que de una buena película, se pueden extraer buenas enseñanzas pues en el caso de "Asesinato en el Orient Express" , así me sucedió. Reconozco que me leí el libro, hace muchos años, pero sin duda, la forma de entenderlo fue diferente, a cómo he visto la película. La película es una lucha del protagonista contra sus propias creencias. Comienza sentenciando, que sólo existe el bien o le mal, pero al final de la película, acaba aceptando la realidad, todos podemos ser buenos y malos. La trama  para el que no la haya visto o no haya leído el libro,  gira en torno a un delito, y como los indirectamente afectados por ese crimen, se unen buscando venganza. El protagonista que era tan estricto, finalmente descubre que la Justicia como tal, no proporciona el equilibrio y la sanación necesaria, y que esto lleva a las personas o a seguir sufriendo o a buscar venganza. Ante él, van surgiendo un grupo de personas que en mayor o menor medida , vieron sus vidas afectadas por el delito, y que ante la imposibilidad de sanar, deciden que la venganza es su único camino

En su lucha interna, finalmente el protagonista, se da cuenta que gente buena puede hacer cosas malas y a la inversa. 

JUSTICIA RESTAURATIVA COMO CAMINO A LA RESTAURACIÓN
Y  ¿por qué estoy hablando de esto? Porque la Justicia tradicional,  no proporciona un espacio para que las personas puedan sanar, ni siquiera se ocupa de ver cuales son las verdaderas necesidades de las víctimas y si estas son satisfechas, es más,  cuando acaba el juicio, si siguen sintiéndose víctimas, la justicia ya no interviene para nada, eso ya no es su problema. Tal parece, que solo eres víctima hasta ver si se puede castigar al infractor, después ya no importa para nada las personas que se han visto dañadas.
Y además, la definición de víctima se me antoja muy limitada, solo considera como tal, a las que sufrieron directamente el delito o a los familiares. En la película, se muestra una realidad ignorada, el delito causa daños, y estos daños afectan a muchas más personas de lo que podemos pensar a priori.  Y aquí es donde la Justicia Restaurativa aporta mucho para ayudar a los afectados a comenzar su camino hacia la sanación, tiene en cuenta las verdaderas necesidades de todos los que se sientan de alguna manera, impactados por el delito, los escucha y proporciona para los que así lo deseen,  un espacio de diálogo y comunicación. Muchos creen que las únicas prácticas restaurativas, serían la que reúne a la víctima y victimario y/o comunidad pero en ocasiones, no es posible o recomendable pero se pueden hacer más prácticas restaurativas, trabajando solo con las víctimas o solo con un grupo de victimarios de delitos similares, por ejemplo.

PROGRAMAS INDIVIDUALES
Pensar que solo hay Justicia Restaurativa cuando se reúne a víctima y victimario, es limitar la eficacia y aplicabilidad de la Justicia Restaurativa. En el caso de la película, se debería haber realizado prácticas restaurativas con todos los afectados por el delito, ¿cuáles hubieran sido los beneficios? Como dice Marta Cabrera "cuando las personas empiezan a hablar sobre su historia, la asumen y reflexionan sobre ello, encuentran sentido y significado a lo que están pasando...Esto es lo que nos hace poder continuar con nuestra vida". Y los procesos restaurativos donde todos tienen voz,  ayudan afrontar el trauma y sentir que no estamos solos, no estoy hablando de terapia, porque no lo es, pero el proceso si es terapéutico. Como se puede ver, hay diferentes maneras de abordar el impacto del delito con un enfoque restaurativo, que ayuda a las personas a sanar. No estoy hablando de agilizar los juzgados, de evitar el juicio, estoy hablando de ir más allá incluso después del juicio, se trata de ayudar a los seres humanos a continuar. 

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Livros & Informes

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  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
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