11 de jul. de 2016

Psicóloga do CIJ fala sobre Justiça Restaurativa na tribuna da Assembleia de MS

A psicóloga da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), Valquíria Rédua da Silva, falou ontem, quarta-feira (6/7), na tribuna da Assembleia Legislativa e detalhou as atividades desenvolvidas no projeto Justiça Restaurativa na Escola, do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. 

As ações atualmente são realizadas em 19 escolas estaduais e três municipais em Campo Grande. “Nosso objetivo é atuar na solução de conflitos no ambiente escolar, usando o diálogo sempre, de forma pacífica e restauradora”, explicou. A palestra foi realizada a pedido Des. Eduardo Machado Rocha, coordenador da CIJ.

A psicóloga falou sobre esse projeto que é desenvolvido, em parceria com a Secretaria de Educação Estadual, desde 2012, pelo qual são atendidas 19 escolas estaduais e três escolas da rede municipal de Campo Grande. O projeto é um modelo alternativo e complementar de justiça que busca a resolução dos conflitos que ocorrem dentro das escolas, a resolução se dá de forma pacífica e educativa, utilizando como sua principal ferramenta o diálogo, fazendo com que o individuo causador de algum tipo de ofensa possa repensar seus atos e reparar os danos.

Segundo ela, a equipe do projeto é multidisciplinar, formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, entre outros profissionais, que avaliam cada ocorrência na integralidade e considerando os contextos de agressores e vítimas. Também atuam na conscientização preventiva dos estudantes e dos educadores. “Fazemos a escuta empática, que é fazer as crianças e adolescentes se colocarem no lugar do outro, refletindo sobre seus atos”, disse.

Valquíria ressaltou que a escola é ambiente de convivência e os conflitos que surgem são oportunidades de aprendizado e crescimento. Segundo ela, a equipe do projeto é multidisciplinar, formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, entre outros profissionais, que avaliam cada ocorrência na integralidade e considerando os contextos de agressores e vítimas. Também atuam na conscientização preventiva dos estudantes e dos educadores. “Fazemos a escuta empática, que é fazer as crianças e adolescentes se colocarem no lugar do outro, refletindo sobre seus atos”, disse.

Ela lembrou ainda que é preciso desmistificar a ideia de que crianças e adolescentes não são responsabilizados por seus atos. “Vamos de sala em sala, explicamos que os atos terão consequências e que haverá responsabilização, até mesmo para aquele jovem que se acha onipotente, que pode tudo”. Valquíria afirmou que a escola precisa retomar a autoridade, mas de forma que isso seja compreendido pelos estudantes, durante um processo que vá além da punição. “Percebemos que quando há somente a punição, aquele que cometeu uma agressão pode até ter raiva e destinar esse sentimento a quem o puniu, porque nem sempre faz uma reflexão sobre o que fez e o dano que causou”, ponderou, lembrando que agressores e vítimas, muitas vezes, continuam compartilhando a mesma sala de aula ou escola. Para a psicóloga, a implantação da Cultura da Paz no ambiente escolar é o melhor caminho. Segundo ela, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomenda a implantação da Justiça Restaurativa na Escola em todos os estados brasileiros.

O presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Júnior Mochi, elogiou o projeto e a iniciativa do Poder Judiciário e agradeceu pela explicação da psicóloga “Essa presidência agradece a sua vinda a essa casa e nós trazendo luz a todos sobre esse assunto tão importante que é o da violência e juventude”, completou. 


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