13 de jul. de 2015

Projeto de extensão vai dar apoio à Justiça Restaurativa

Atividade, que começa hoje em Londrina, tem a participação de 60 estudantes de Direito, Psicologia e Teologia


Para apoiar o trabalho do Núcleo de Justiça Restaurativa de Londrina, o curso de Direito da UniFil criou o projeto de pesquisa e extensão "Restaurando Londrina." O coordenador-adjunto do curso e coordenador do projeto, João Ricardo Anastácio, afirma que o objetivo é colocar a universidade a serviço do trabalho do Núcleo. "Seremos uma ferramenta de apoio para eles e vamos atuar na propagação da ideia de Justiça Restaurativa." Além do Direito, o projeto também tem a participação de estudantes de Psicologia e Teologia. Ao todo são 60 estudantes que vão atuar, conforme a necessidade do Núcleo, em penitenciárias, Cense, escolas, Fórum.
"Nas penitenciárias, por exemplo, podemos atuar na garantia de direitos dos presos e no seu resgate", diz. O mesmo deverá ser feito no sistema de internação socioeducativo (Cense) onde estão adolescentes em conflito com a lei. Anastácio afirma que o grupo vai atuar na prevenção. "Vamos até as famílias de risco para orientação, em Conselhos Tutelares. Isso para a prevenção da criminalidade cometida por adolescentes." O coordenador do projeto diz que irão atuar em 10 grupos de risco, incluindo conflitos em escolas, violência contra a mulher, desarmamento, entre outros.
O trabalho começa esta semana com cursos de capacitação que vão ocorrer de hoje a quinta-feira. Na sexta-feira será realizado o círculo restaurativo, onde é simulada uma audiência de Justiça Restaurativa. Nos cursos, darão palestras a juíza da Vara da Infância e Juventude, Cláudia Catafesta; o promotor de Justiça da Vara de Execuções Penais, Eduardo Diniz Neto; o coordenador do Conselho Municipal da Paz (Compaz), Luiz Cláudio Galhardi, entre outros.
Galhardi afirma que o projeto será muito importante também no levantamento de dados sobre criminalidade. "Serão feitas pesquisas para fazer levantamento de dados e informações sobre vários aspectos da criminalidade, como a utilização de armas e sobre como o armamento impacta na criminalidade. Será possível fazer um mapeamento das razões do crime, por exemplo, entre adolescentes."
Galhardi destaca que esse projeto será uma ferramenta a mais para a consolidação da cultura da paz em Londrina. "A Justiça Restaurativa materializa a cultura da paz", diz. "No Brasil essa ideia já vem sendo trabalhada há 10 anos e em Londrina, em apenas um ano de trabalho para sua implantação, já estamos nos tornando referência. Seremos a segunda cidade a ter a Lei Municipal de Pacificação Restaurativa. Hoje apenas Caxias do Sul [RS] tem esta lei."

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