28 de mar. de 2014

Tribunal de Justiça realiza curso para facilitadores de Práticas Restaurativas

A Coordenadoria da Infância e da Juventude de MS (CIJ) realizou na última sexta-feira (21) a I Capacitação de Facilitadores de Práticas Restaurativas nas Escolas.

Com abertura às 8 horas, a capacitação se estendeu ao longo do dia e abordou temas como direitos e deveres na relação aluno-escola; adolescentes em conflito com a lei e a família e a adolescência e suas peculiaridades. Também palestraram o conselheiro Alex Fabiano de Lima, que expôs as atribuições do Conselho Tutelar, e a equipe da Justiça Restaurativa Escolar, demonstrando as Práticas Restaurativas nas Escolas.

Além dos palestrantes, o curso contou com a presença da coordenadora da Infância e da Juventude, Desa. Maria Isabel de Matos Rocha, do juiz da Vara da Infância e da Juventude, Roberto Ferreira Filho e da secretária adjunta da Secretaria de Estado de Educação, Cheila Cristina Vendrami.

Para o juiz Roberto Ferreira Filho, a Justiça Restaurativa dá ao adolescente a “oportunidade de aprender a lidar com as adversidades, de aprender com o erro e ouvir o outro lado”. Um dos grandes benefícios, segundo o magistrado, é a mudança na cultura, já que o projeto propicia um diálogo entre as partes envolvidas, disseminando assim uma cultura de pacificação.

No total participaram 50 inscritos, entre professores, coordenadores e diretores da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul.
O curso visava capacitar os educadores para atuarem como facilitadores que auxiliarão no entendimento entre as partes envolvidas. O processo restaurativo é dividido em três etapas. Primeiro ocorre um encontro individual entre o facilitador com cada um dos envolvidos para explicar o procedimento. Se o ofensor concordar em participar, o próximo passo é marcar um encontro entre as partes envolvidas para chegarem a um acordo. Após isso, as partes se encontram novamente para avaliarem os resultados.

Giovane Caetano Lima, diretor adjunto da Escola Estadual Hércules Maymone, contou que a prática de solução de conflitos adotada na escola harmonizou-se com os objetivos da Justiça Restaurativa, um dos motivos pelos quais iniciaram a parceria. Para ele, a capacitação oferecida “foi maravilhosa, pois ajudou a esclarecer dúvidas dos facilitadores”.

Saiba mais – A Justiça Restaurativa na Escola é um projeto do Poder Judiciário que busca solucionar pequenos conflitos, tais como agressões, ameaças e bullying, surgidos no ambiente escolar, a fim de evitar que esses casos tomem maiores proporções e necessitem de encaminhamento aos órgãos judiciais para a aplicação de medidas punitivas.

Atualmente, a Justiça Restaurativa atua em nove escolas estaduais por meio de uma equipe de três psicólogos, um professor e um advogado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário