O objetivo do encontro era iniciar um processo de organização da Escola de Perdão e Reconciliação – Espere em Erexim
Os agentes da Pastoral Carcerária da Diocese de Erexim reuniram-se, no último sábado, dia 15 de junho, no Centro Diocesano de Pastoral, em Erechim para debater e refletir sobre justiça restaurativa. No encontro também foi conversado sobre o processo de organização da Escola de Perdão e Reconciliação. Também participaram do encontro os membros da equipe da Pastoral da Educação, padre Maicon Malacarne, pela Pastoral da Juventude, irmã Vera Lucia da Silva, pelo Ensino Religioso da 15ª CRE, padre Paulo César Bernardi e o diácono Almeri Bornelli, da Paróquia São Pedro.
A coordenadora da Pastoral Carcerária do Regional Sul 3 da CNBB, Ir. Imelda Jacob, refletiu sobre o tema da justiça restaurativa, que é uma proposta vivenciada pela Pastoral Carcerária, e que se constitui num caminho de conversão, pela prática da acolhida, do perdão e da reconciliação, superando a violência e concretizando a cultura da paz.
(Encontro aconteceu no Centro Diocesano de Pastoral / FOTO: DIVULGAÇÃO / DM)
No fim, a irmã apresentou o projeto da Escola de Perdão e Reconciliação – Espere, com as dimensões e os passos a serem seguidos. Esta proposta de formação foi assumida pelos presentes, que os encaminhamentos para a realização da primeira etapa, no mês de agosto.
Escolas de perdão e reconciliação – Espere
As Escolas de Perdão e Reconciliação – Espere são uma iniciativa para a superação do ódio e da violência, difundida especialmente pela Pastoral Carcerária. A iniciativa surgiu em Bogotá, Colômbia, no ano 2000, por iniciativa do Pe. Leonel Narváez Gómes, doutor em Sociologia pela Universidade de Harvard, especialista no combate à violência. Bogotá era considerada uma das cidades mais violentas do mundo. Hoje, é denominada cidade da paz. A iniciativa do Pe. Leonel recebeu menção honrosa do Prêmio Unesco Educação para a paz 2006.
As Espere se difundiram rapidamente no Peru, México, EUA e África. No Brasil, as primeiras cidades em que foram introduzidas foram Janeiro, em Niterói, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia.
As Espere mostram como, a partir de uma experiência religiosa consciente e aberta ao enfrentamento da realidade, podem brotar estratégias eficientes para a superação da violência e da criminalidade, para a regeneração de pessoas. Essas escolas são, basicamente, um serviço para as vítimas da violência, procuram recuperar seu ser ferido pelo que passaram, funcionam como terapia de grupo e com suas dinâmicas facilitam a aplicação da sabedoria das pessoas simples, com efeito igual ou maior que o conseguido por profissionais caros e inacessíveis às comunidades pobres. Além disso, seus animadores se tornam multiplicadores de uma cultura de paz e mediadores de conflitos, gerando um trabalho de prevenção.
Independentemente da intensidade da violência, ela fere três aspectos da existência humana: o significado da vida, a segurança e a socialização.
| Redação Erechim |
(Redação Erechim / DM)
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