Segurança pública é o tema escolhido pela CNBB para o debate da sociedade este ano
O bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquím Pertinez, reúne hoje a imprensa e autoridades convidadas do Estado e do município para o anúncio do lançamento oficial da Campanha da Fraternidade, que este ano tem como tema: “Fraternidade e Segurança Pública” e lema: “A paz é fruto da justiça”.
O encontro acontece às 8h30 no prédio das Obras Sociais da Diocese de Rio Branco, localizada na Avenida Getúlio Vargas, bairro Vila Ivonete. Todos os anos, no período da Quaresma, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolhe um tema relevante para estimular o debate entre os católicos e a sociedade em geral, com vistas na reformulação de valores e na defesa de políticas públicas voltadas para a inclusão social.
“Desde 1964, a Campanha vem trabalhando a mobilização dos cristãos em torno da reflexão, discussão e busca de soluções a cerca de questões relevantes da realidade brasileira”, frisa o padre Mássimo Lombardi. O objetivo é que o debate sobre o tema, que parte das comunidades de base da igreja católica, venha a repercutir no poder público e resulte na instituição de uma visão mais humanizada do sistema de segurança pública no país.
“A segurança pública não é uma questão de polícia. Ela depende da ação de toda a sociedade e de cada pessoa em particular”, destaca Mássimo Lombardi, referindo-se ao fato de que cada ato de desrespeito ao direito e integridade do outro, mesmo nas relações pessoais, é uma ação contra a segurança pública. “Isto porque se torna um ato gerador de violência, que se manifesta nas mais diversas formas, e não apenas pela ação explícita da criminalidade”, enfatiza.
Objetivos específicos da Campanha
Desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social, assumindo sua responsabilidade.
Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, assim como a injustiça presente nos institutos prisionais, do fórum privilegiado e da imunidade parlamentar para crimes comuns.
Fortalecer a ação educativa evangelizadora para construir a cultura da paz, oposta à cultura da violência, que nega os direitos de algumas categorias e favorece a visão de guerra como sendo a solução para acabar com os conflitos.
Denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, mas favorecer e apoiar ações educativas, penas alternativas e fórum de mediação de conflitos que visem a superação dos problemas e a aplicação da justiça restaurativa.
Favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares e políticas públicas com vistas à superação da violência e de suas causas à difusão da cultura da paz,
Desenvolver ações que visem a superação das causas e dos fatores de insegurança.
Despertar o agir solidário para com as vítimas da violência.
Apoiar políticas governamentais valorizadoras dos direitos humanos.
Página 20. - Online - primeiro jornal acreano na internet. 27-Fev-2009. Val Sales.
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