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6 de mai. de 2017

Sobre ética, justicia restaurativa e intrusismo profesional

Posted: 05 May 2017 12:02 AM PDT
Complicado para mi, establecer que es la ética dentro de la Justicia Restaurativa pero si me resulta fácil determinar, que quiero desarrollar mi trabajo como facilitadora de la mejor forma posible y para ello, es esencial hacer bien nuestra labor. Por eso, reconduzco el papel de la ética, a cómo lograr buenas prácticas en Justicia Restaurativa. Para esto, lo más importante es que nosotros mismos tengamos confianza en lo que hacemos, muchas veces, siento que actuamos con demasiadas reticencias como si nosotros mismos, no nos creyéramos que la justicia restaurativa puede ser muy útil, de hecho, debiera ser ofrecida de forma general en el ámbito penal,  y plantearse su inclusión en otros ámbitos como el educativo. La Justicia Restaurativa, no es la panacea pero si es una forma mucho más humana de abordar los conflictos y los delitos, y sobre todo de prevenir conductas violentas y de paso de educar  en valores, que hagan de nuestros niños y niñas, adultos restaurativos.
Una vez que nos hemos quitado nuestros propios temores y etiquetas, aprecio que necesitamos que nuestro trabajo empiece a reconocerse, es curioso como en muchas ocasiones, se organizan congresos, jornadas y otros eventos y los invitados son personas que poco saben de lo que es el trabajo diario en justicia restaurativa. Son teóricos, pueden ser excelentes en su trabajo pero muchas veces su visión teórica, forjada a través de libros, artículos y poco más, se aleja mucho de lo que es la realidad.

 Esto pasa mucho en ámbitos como la justicia restaurativa y la mediación. ¿Es normal que un  juez, por muy conocedor de la mediación que sea, se le invite a hablar de la profesionalización de la mediación? Francamente, salvo que quiera dejar de ser juez para ser mediador, no entiendo nada.  Igual que ocurre muy a menudo con el tema de la Justicia Restaurativa, profesores de Universidad, probablemente excelentes en su trabajo, que se ponen a dilucidar sobre la Justicia Restaurativa, y cuando uno los escucha se acabo dando de cuenta de algo muy triste, que no saben qué es esta justicia y no ven más allá de la mediación.
Así, para ser éticos debemos empezar a reivindicar nuestra profesión. Y también debemos empezar a demostrar al legislador, que la Justicia Restaurativa no se puede burocratizar, no se puede perder su flexibilidad, porque para esto ya tenemos la Justicia Tradicional. Por eso, cuando me preguntan por la posible regulación, tengo mis dudas, creo que para hacer buenas prácticas en Justicia Restaurativa, no es necesario una regulación, no si se hace mal, limitando en el tiempo los procesos restaurativos y reduciéndolo todo a estadísticas. Es triste pero vivimos en un mundo donde cuentas los números, las estadísticas deben ser buenas y dar buenos resultados, muchos piensan que la Justicia Restaurativa evita el juicio y por ello, debe servir para agilizar los juzgados....pues no es así, a veces evita el juicio, otras no es posible, pero de ninguna manera es un proceso rápido, (tratamos con seres humanos y no con robots, no podemos saber el tiempo ni presionar a las personas para que el proceso finalice en el tiempo estimado por las estadísticas), los datos nunca debieran ser cuantitativos sino cualitativos. Es así, debemos fijarnos para saber si hemos sido éticos en nuestro trabajo,  en la satisfacción de las personas que acuden a los procesos restaurativos. Sin duda, van a ser nuestros mejores apoyos, porque si salen satisfechos van a hablar bien de la Justicia Restaurativa a sus allegados y poco a poco la cultura restaurativa, va a ir calando en el ciudadano. Obviamente, ética y justicia restaurativa daría para hablar mucho más pero creo que empezando por nosotros mismos es un primer gran paso, para poco a poco ir consiguiendo que sea reconocida la justicia restaurativa como la justicia de la comunidad, del sentido común y sobre todo la justicia que gestiona los conflictos y los delitos de una forma más humana y justa.

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Livros & Informes

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  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
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  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
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