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14 de abr. de 2017

¿Qué sienten las víctimas tras el delito?

Posted: 12 Apr 2017 12:26 AM PDT
Estoy convencida que las necesidades de las víctimas, bajo mi experiencia, nada tienen que ver con lo que la justicia tradicional las ofrece. Me gusta hablar con las personas que han sufrido un delito, porque siempre veo que no son punitivas, como queremos creer, sino todo lo contrario. Un familiar sufrió un robo en su casa, hace unas semanas, estaba de vacaciones y le llamaron diciendo que habían entrado en su casa a robar. Me contaba que al principio,  pensó en los bienes materiales, pero pronto empezó a sentir angustia. Angustia, por saber que unos extraños habían entrado en su hogar, por no saber, si les habían estado vigilando y sobre todo porque la imagen de su hogar, como un lugar seguro donde vivir en paz, se había venido abajo.De su relato, lo que más me sorprendió es cómo las personas que trabajan en el entorno judicial, son las que menos confían en la justicia. Fue la policía la que le dijo, que era complicado pillarlos, pero si lo hacían, seguro todo ya estaba vendido y no iba a poder recuperar nada. En principio, me contó esta familiar que eso ya lo daba por perdido, pero que necesitaba sentir, que alguien se hacía responsable, necesitaba que los pillaran.  A primera vista, de su relato me di cuenta que la falta de confianza en la justicia, no es del ciudadano sino también de los que están al servicio de ella, ¿en qué estamos fallando? 

Creo que más que nunca, se hace necesario transmitir qué es posible hacer justicia, de una forma más humana y sobre todo más centrada, en las necesidades de las víctimas. Es lo más urgente diría yo, porque sino la desesperanza se va a transmitir al ciudadano y todavía con más fuerza porque obviamente se lo dicen personas que saben todos los entresijos de la justicia y su maquinaria. De su relato, esta es la primera conclusión que saqué; la necesidad imperiosa de que operadores jurídicos y fuerzas y cuerpos de seguridad del estado conozcan la justicia restaurativa, entiendo que a pesar de ello, algunos pueden ser reticentes a creer en ella pero es necesario que la conozcan y sobre todo empiecen a ver los resultados positivos, que ofrece, así poco a poco los más reticentes, verán que es posible intentar al menos una justicia más humana.
Mi familiar continuó explicándome que quería que les cogieran, y yo le pregunté y no ¿te gustaría preguntarles alguna cosa? Obviamente me dijo, ojalá se pudiera, puesto que me encantaría preguntarles por qué a mi, y sobre todo me contó como le gustaría saber, si le habían vigilado o fue totalmente al azar....me habló de muchas preguntas que le rondaban en la cabeza y me dijo que sobre todo el sentimiento de inseguridad, no le dejaba dormir por las noches, nisiquiera en su propia casa. ¿quién me devuelve este sentimiento de sentirme seguro en mi casa?. Como podéis ver sus necesidades son de tipo moral, nada que ver con la necesidad de penas más duras, de reparación material.....estas necesidades no son abordadas por la justicia tradicional, de una forma adecuada. Por eso, la justicia restaurativa es la justicia que debe ofrecerse a todas y cada una de las víctimas, en primer lugar, si luego por lo que fuera no es posible aplicar la justicia restaurativa, pues se volvería al proceso tradicional, aunque soy partidaria de que aun y en este segundo caso, se puede buscar tener un enfoque humano y restaurativo.
Con este relato, saqué una segunda conclusión y es que como he dicho, en muchas ocasiones, si a las víctimas se las escucha y se las  explica qué es la justicia restaurativa, todas comprenden y la ven cómo una mejor justicia. Por eso, debemos luchar porque la justicia restaurativa sea un derecho para todas las víctimas con independencia del delito sufrido

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Livros & Informes

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  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
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  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
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