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12 de mar. de 2016

La comunidad también sufre el impacto del delito

Posted: 10 Mar 2016 11:51 PM PST
Hoy explicando o intentando explicar qué es la justicia restaurativa, me he sorprendido porque una persona totalmente ajena al mundo del derecho, no solo lo ha comprendido a la perfección sino que además ha hecho una reflexión, que me ha hecho pensar, puesto que me ha dicho ¿pero esta justicia también ayuda a la sociedad? ¿Por qué lo entiende mejor una persona normal de la calle y de cierta edad que los profesionales de la justicia y la gente de menos edad?. Esto es porque la Justicia Restaurativa es la justicia del sentido común y no la que desgraciadamente estamos acostumbrados a conocer y que no es otra que la justicia del enfrentamiento, de las etiquetas y de los roles vitalicios en los que los verdaderos afectados tienen poco que decir y la comunidad, afectada por cualquier delito no tiene ninguna participación, solo sufren las consecuencias del delito, del proceso penal y del aislamiento del infractor en prisión y de la víctima con un sentimiento de sentirse víctima de por vida. Y realmente es así, muchos hemos  sido educados en una visión litigante, en una forma de ver la justicia centrada en normas, principios, leyes y prohibiciones y nos hemos ido olvidando poco a poco que todo esto es secundario, ya que los delitos afectan a seres humanos.
La Justicia Restaurativa ofrece muchos beneficios para la sociedad pues como grupo, deja de funcionar correctamente cuando uno de sus miembros se aleja de ella, bien por ser víctima o ser víctimario. Ambos en su manera necesitan reconectar con el grupo, volver a ella, para recomponer los lazos sociales desquebrajados. Cada uno de nosotros somos una pieza más dentro de la comunidad pero todos somos importantes y si uno se aleja, y dejar de pertenecer a la comunidad, ésta empezará a resentirse....La Justicia Restaurativa por eso fortalece el tejido social. Por un lado, favorece la vuelta de la víctima a ella, ayudándola en  su sanación y por otro lado, intenta que el infractor a través de la responsabilización,  decida no volver a delinquir y pueda reintegrarse de nuevo

El tema más importante es ¿quién es víctima? para la justicia restaurativa y esto es uno de sus muchos beneficios, cualquiera que se sienta bien directa o indirectamente afectado o dañado por un crimen es víctima y por ello para que la forma de afrontar el delito sea sanadora y transformadora, la Justicia Restaurativa tiene en cuenta a todos ellos. Como decía el otro día, las víctimas son seres humanos que sufren con indepedencia de su condición personal, social, orientación política etc....son personas a las que hay que ayudar a encontrar su camino restaurador. Por eso, cuando veo víctimas que después de muchos años, siguen sintiéndose así, es que el sistema ha fallado clamorosamente, porque la etiqueta de víctima (al igual que la de infractor) debe ser temporal. Los procesos restaurativos deben ayudar a todas las víctimas ( sin distinguir entre las que sufrieron un delito u otro) y a todos los infractores de la misma manera ( no es de recibo que los que cometieron determinados delitos tengan la oportunidad de hacer las cosas bien y otros no). Es una justicia restaurativa que atiende a todos los afectados sin hacer distinciones pero de una forma individualizada y adaptada a cada uno, tiene en cuenta la diversidad pero sin conculcar el principio de igualdad ante la ley.

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Livros & Informes

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