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24 de out. de 2014

Justicia Restaurativa, la filosofía y mediación penal una de sus herramientas

Suelo asistir con sorpresa a equivocación de conceptos o su asimilación de una forma totalmente incomprensible, el futuro Estatuto de las Víctimas del delito y siguiendo lo que establece la directiva de 2012 sobre derechos de las víctimas, se habla por fin de servicios de justicia restaurativa.
Esto lo que hace es suprimir la referencia a mediación penal, y nos va a ayudar a poder trabajar de una forma más amplia, adaptando diferentes herramientas restaurativas a cada caso concreto. Es decir, no significa que la mediación penal no sea una herramienta de la Justicia Restaurativa, son como si dijéramos el género y la especie, pero reducir toda la justicia restaurativa a mediación penal, supone limitar la aplicación, y la eficacia de la Justicia Restaurativa. Lo bueno que tiene precisamente hablar de Justicia Restaurativa es que nos va a permitir aplicar fórmulas restaurativas diversas, en ocasiones será suficiente con la mediación penal pero en otras será importante otros encuentros restaurativos más inclusivos o sino fuera posible el encuentro se trabajará individualmente con víctima e infractor desde un enfoque restaurativo.
Lo importante es dotar de humanidad el proceso penal para que las personas afectadas por el delito puedan ser atendidas de una forma menos fría y menos burocrática.
A pesar de esto, todavía hay personas y operadores jurídicos que aunque leen servicios de justicia restaurativa en la futura ley, son capaces de hacer toda una disertación sobre mediación, ni siquiera mediación penal....esto sin duda, influye negativamente en las personas que todavía no sepan de que hablamos. Por eso no me cansaré de decir, que la Justicia Restaurativa es una filosofía, también un conjunto de principios y valores y herramientas para ponerla en práctica. Estas tres ideas sobre justicia restaurativa van unidas y entrelazadas. 

Pero en muchas ocasiones, algunos asocian justicia restaurativa solo con herramientas y de ahí que muchos cuando hablan de justicia restaurativa solo piensen en mediación penal. Justicia Restaurativa como filosofía, parte de la premisa de que el delito ha causado un daño, se debe reparar y es una oportunidad para que todos los afectados participen de forma activa y directa 

La justicia restaurativa engloba una serie de principios y valores, directamente emanados de la filosofía que subyacen en ella son entre muchos otros: respeto, encuentro, reparación, responsabilidad, seguridad, curación, reintegración y empatía, y muchos otros, estos valores nos van a servir para saber si estamos siendo restaurativos.

Y como herramientas para poner en práctica esta filosofía, que contiene estos valores hay mucha más variedad de lo que nos pensamos a priori, no es solo la mediación penal sino también y como simple ejemplo, hay otras herramientas, más o menos restaurativas según incluyan a todos los afectados por el delito o solo algunos. Por eso, la Justicia Restaurativa es un concepto amplio, que incluye la filosofía, unos valores y principios que la alimentan y conforman sus características básicas y una serie de herramientas que hacen realidad estos valores y esta filosofía. 

Vivimos en un mundo imperfecto, los seres humanos no actuamos de forma racional, generalmente nuestras acciones son mezcla de emociones, intuición y lógica. El aspecto emocional es esencial y no se puede olvidar, esto es lo que nos lleva a encontrarnos con situaciones “imperfectas” al menos teóricamente. 

De ahí que no se pueda hablar de modelos ideales puros, tratamos como hemos visto con seres humanos con emociones e imprevisibles, ante esto no podemos dar por sentado un único modelo ideal sino que debería ser algo flexible, cada herramienta de la Justicia Restaurativa debería adaptarse a cada caso, cada víctima e infractor, teniendo en cuenta precisamente variables como si el infractor se compromete a reparar el daño, asume totalmente su responsabilidad o parcialmente, si la víctima está identificada, si quiere participar o no, si quiere que alguien lo haga en su lugar….y si es posible un encuentro conjunto cara a cara y si es así quienes van a participar


 

Posted: 23 Oct 2014

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Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
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  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
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  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.