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9 de mai. de 2012

LANÇAMENTO DO PROJETO DE JUSTIÇA RESTAURATIVA DA DEFENSORIA DE JUIZ DE FORA


Autoridades compõem mesa durante o evento
Na quinta-feira (03/05), aconteceu o lançamento do "Projeto Além da Culpa -Justiça Restaurativa" de iniciativa da Defensoria Pública da comarca de Juiz de Fora.
O evento foi iniciado com a apresentação do projeto pelas Defensoras Públicas que o coordenam, Maria Aparecida Rocha de Paiva e Margarida Maria Barreto Almeida
Durante a solenidade, a Defensora Pública-Geral, Andréa Tonet, expressou sua satisfação com o projeto, agradeceu a participação de todos os envolvidos e falou da importância de sonhar para que aconteça a transformação. "Lançando os olhos sobre o sistema prisional, os centros de internação e sobre os caminhos percorridos pelas nossas crianças e adolescentes, rogamos que aconteça alguma coisa. É preciso mudar. A realidade começa pelo sonho. Toda concretude nasceu de um pensamento, da ousadia de alguém que sonhou. Precisamos sonhar com um sistema penitenciário diferente, com uma casa de internação diferente. Houve um momento em que sonharam acabar com a Febem. Conseguimos", afirmou Andréa.
Defensora Pública-Geral, Andréa Tonet
Andréa Tonet falou do papel do Defensor Público como agente de transformação social e da importância de se investir na prevenção da infração. "Precisamos acreditar que é possível ir além, que é possível prevenir e restaurar. Para isso, é necessário acreditar no material humano e agir. Temos aqui hoje um grupo de pessoas que acreditam que é possível mudar".
A Defensora Geral afirmou que a construção de novos presídios e centros de internação não é a solução, a qual passa pela prevenção, pela criação de escolas, no investimento na saúde e no lazer. "Se você oferece o amor, ninguém vai querer o caminho do ódio. Vamos além, porque a Justiça Restaurativa olha para o futuro, então temos que ir além da culpa e vamos de mãos dadas porque todo ser humano é muito maior do que o seu erro", finalizou Andréa.
Parceira do projeto, a juíza titular da Vara da Infância e Juventude, Maria Cecília Gollner Stephan disse que restaurar as condutas reprováveis dos adolescentes, na escola e na comunidade, previne a continuidade das condutas que levam à prática do ato infracional. "A Justiça Restaurativa não substitui a aplicação de uma medida socioeducativa quando a conduta for grave. O que se restaura é o entendimento do motivo do ato. O pai da vítima, por exemplo, toma conhecimento da vida do ofensor e, muitas vezes, o perdoa, aliviando os sofrimentos. O que pretende é valer-se da Justiça Restaurativa nos primeiros atos de indisciplina ou conflito que vão gerar atos infracionais", explicou a juíza.
A solenidade foi encerrada pelo vice-prefeito de Juiz de Fora, Eduardo de José de Lima Freitas, que falou sobre os avanços decorrentes do Estatuto da Criança e do Adolescentee ponderou sobre os efeitos deletérios do crack. "O poder público municipal procurou melhorar as condições das escolas e da educação. Procurou ainda, com a criação da secretaria de Assistência Social, minorar muitos dos conflitos e das mazelas que afetam a comunidade do crack. A criação da secretaria de Esporte também foi um passo importante para as crianças e adolescentes de Juiz de Fora. Mas a possibilidade de sucumbir ao crime ainda é muito grande e, para vencer as forças do mal, é necessário que unamos as nossas forças em parcerias como esta, entre a Defensoria Pública, a Vara da Infância e Juventude, o Ministério Público e a Prefeitura.
Fonte: Ascom / DPMG (09/05/2012)

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“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

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Livros & Informes

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