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2 de mar. de 2011

Projeto Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania será Ampliado em 2009

Data da Notícia: 13/01/2009


A Secretaria de Estado da Educação instituiu a Comissão Permanente de Estudos para Implementação do Programa Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania com o objetivo de avaliar, analisar e propor a ampliação e continuidade do programa na rede pública estadual.


Com o objetivo de apresentar a proposta de ampliação e continuidade do referido programa, hoje, 12 de dezembro, na Secretaria de Estado da Educação, aconteceu o encontro de autoridades da Secretaria de Educação, FDE, Dirigentes Regionais de Ensino das regiões em que haverá a implantação do Programa e das regiões onde terão continuidade às ações que já vêm sendo implementadas.

A abertura do encontro foi feita pelo Dr. Fábio Bonini, Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, Dra. Elaine Moraes Ruas Souza, 3ª Subdefensora Pública Geral, Dra. Vânia Maria Ruffini Penteado Balera, Procuradora de Justiça e Coordenadora Geral do Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva do Ministério Público do Estado de São Paulo e Dr. Antônio Carlos Malheiros, Desembargador e Coordenador da Infância e Juventude do Tribunal do Estado de São Paulo.

Em sua fala Dr. Fábio Bonini informou a todos os presentes a conquista, pelo projeto, do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos, que ficou em 2ª lugar na categoria “Secretarias de Educação na Construção da Educação em Direitos Humanos”. Aproveitou para agradecer a participação ativa de todos e dividiu o prêmio, enaltecendo o fato do projeto poder interferir positivamente na vida das pessoas.

O encontro também contou com a presença de autoridades do Sistema Judiciário, juízes e promotores dos municípios participantes do Programa e daqueles que participarão em 2009.

A reunião de trabalho foi coordenada pela Assessora do Gabinete da Secretaria, Profª. Maria Auxiliadora Albergaria Pereira Ravelli e pelo Dr. Egberto de Almeida Penido, da Vara Especial da Infância e Juventude da Capital, que apresentaram a estrutura de ampliação e continuidade e a proposta do curso de formação para a realização e desenvolvimento das práticas restaurativas na resolução de conflitos.

O Projeto

O Projeto Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania é um processo no qual todas as partes afetadas e interessadas em um conflito específico se reúnem para solucionar coletivamente como lidar com o resultado da situação conflituosa e suas implicações para o futuro. No Brasil, o projeto foi introduzido formalmente em 2004, por meio do Ministério da Justiça e da Secretaria da Reforma do Judiciário, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

Em 2004, em São Caetano do Sul, a Vara da Infância e da Juventude implementou a proposta da Justiça Restaurativa iniciando, assim, uma parceria entre o Sistema de Justiça e o Sistema de Educação, como resposta à situações de conflito e violência.

Em agosto de 2006, a Secretaria de Estado da Educação investiu na ampliação da proposta – por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE e da Coordenadoria de Ensino da Grande São Paulo – COGSP, em convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento e o Ministério da Educação e Cultura – para que, junto ao Poder Judiciário, ocorresse a implantação de Práticas Restaurativas em 20 (vinte) escolas públicas de Ensino Médio nas regiões de Heliópolis e Guarulhos.

O sucesso das ações do projeto aliado à necessidade de se pensar em práticas que contribuam para que as escolas e comunidades, que vivenciam situações de violência, transformem-se em espaços de diálogo e resolução pacífica de conflitos, fez com que, mais uma vez suas ações fossem ampliadas.

Sendo assim, a ampliação do Programa Justiça e Educação e seu fortalecimento nas escolas e regiões nas quais já vem se desenvolvendo é de suma importância para a melhoria das relações interpessoais nas escolas. Espera-se, ainda, que aos poucos, irradie para outros setores da vida dos estudantes que conviveram com essa forma de resolução de conflitos em sua trajetória escolar.

Continuidade e Ampliação

No ano de 2009 a ampliação das ações ocorrerá nas seguintes regiões:

Diretoria de Ensino de Bragança Paulista, envolvendo os municípios de Bragança Paulista e Atibaia;
Diretoria de Ensino de São José dos Campos;
Diretoria de Ensino de Presidente Prudente;
Diretoria de Ensino de Campinas Leste;
Diretoria de Ensino de Campinas Oeste;
Diretoria de Ensino Sul 3;
Diretoria de Ensino de Guarulhos Sul.


Continuidade do Projeto:

Diretoria de Ensino Centro Sul (escolas da região de Heliópolis);
Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo (escolas no município de São Caetano do Sul);
Diretoria de Ensino de Guarulhos Norte.
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Alguém sabe como estão estes projetos? 

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Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
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  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
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  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
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