Pesquisar este blog

25 de set. de 2008

Universidade Positivo lança Centro de Assistência à Vítima

Via de regra, um crime envolve duas partes: o agressor e a vítima. Em geral, os processos criminais focam-se apenas na figura do agressor, buscando a condenação do culpado, enquanto a vítima passa a ser mera testemunha, quando seria a pessoa que mais precisaria de atenção.

As vítimas de crimes não dispõem de serviços de amparo especializado. Danos físicos, materiais e psicológicos geralmente desenvolvem traumas permanentes, para os quais são necessários diversos acompanhamentos. A fim de prestar atendimento especializado a essas pessoas, a Universidade Positivo lança, nesta quinta-feira (25), às 19h, o Centro de Assistência à Vítima (CAV), durante o III Simpósio de Ciências Criminais, que acontece nos dias 25 e 26 de setembro no auditório do Bloco Bege da UP.

A Universidade Positivo será a primeira instituição de Curitiba a lançar um centro especializado em assistência às vítimas, envolvendo uma equipe multiprofissional. O CAV é um projeto de extensão do Núcleo de Prática Jurídica Evandro Lins e Silva (NPJ) da UP, em parceria com os cursos de Psicologia, Odontologia e Fisioterapia.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Prática Jurídica e responsável pelo CAV, Pedro Luciano Evangelista Ferreira, as vítimas de crimes (roubo, extorsão mediante seqüestro, estupro, ameaça, abuso sexual e violência doméstica, entre outros) necessitam de atenção e amparo especializados, mas nem sempre dispõem de meios para isso. “Em qualquer processo criminal, a vítima não é colocada em evidência, sendo apenas mera testemunha para o processo que está sempre focado na punição. Alguns crimes, em especial os violentos, geram a necessidade de uma assistência especial à vítima, e órgãos públicos ou privados não oferecem amparo, mesmo legal, a elas. Por isso, a necessidade de implementar um centro de assistência e uma rede de apoio que proporcione serviços específicos de acompanhamento possui especial importância”, explica.

Entre os grupos de pessoas que mais sofrem com crimes estão crianças, mulheres e idosos. Além do dano material e psicológico, o dano físico é freqüente, por isso a vinculação a outros cursos da Universidade. “Os cursos de Psicologia, Odontologia e de Fisioterapia oferecem ferramentas importantes para o amparo das vítimas. Caso haja lesões, eles podem ajudar os pacientes a se recuperarem”, conta Ferreira.

O CAV terá uma ação conjunta a delegacias de Polícia, ao Fórum Criminal e a entidades filantrópicas, que irão encaminhar vítimas para atendimento. “Além do Núcleo de Prática Jurídica, que em alguns casos podem auxiliar no processo penal, as clínicas de Psicologia, Odontologia e Fisioterapia vão oferecer atendimento diferenciado às vítimas encaminhadas depois de passarem por uma triagem feita no NPJ. O CAV também será um campo de estudos de vitimologia, área do Direito que estuda a vítima, com o objetivo de revelar dados concretos sobre elas”, salienta o responsável pelo CAV.

III Simpósio de Ciências Criminais: um olhar para a vítima

O Centro de Assistência à Vítima será lançado no primeiro dia do “III Simpósio Universidade Positivo de Ciências Criminais: um olhar para a vítima”, que tem como tema justamente a figura da vítima nos processos penais. Entre os palestrantes está a consultora da Organização das Nações Unidas (ONU) e principal especialista na área de Vitimologia do país, doutora Ester Kosovski, que ministra palestra com tema “vitimologia: a voz e a vez da vítima” depois da cerimônia de lançamento do CAV, na quinta-feira (25).

Outra autoridade no assunto é o professor da faculdade de Direito da Universidade de Bologna (Itália), Massimo Pavarini, um dos principais nomes da área no mundo. Ele fará conferência sobre as tendências atuais nas políticas penais e de encarceramento no mundo no dia anterior à abertura do Simpósio, quarta-feira (24), às 19h.

Serviço

Lançamento do Centro de Assistência à Vítima da Universidade Positivo

* Dia 25 de setembro de 2008, às 19h
* Local: Universidade Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido)
* Auditório do Bloco Bege

III Simpósio Universidade Positivo de Ciências Criminais

* Dias 25 e 26 de setembro de 2008, quinta e sexta-feira, a partir das 19h
* Local: Universidade Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido)
* Auditório do Bloco Bege

Conferência Especial

* "DEMOCRACIA, CONSENSO SOCIAL E PENALIDADE:
* AS TENDÊNCIAS ATUAIS NAS POLÍTICAS PENAIS E DE ENCARCERAMENTO NO MUNDO".
* Prof. Dr. Massimo Pavarini
* Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Bologna
* Dia 24 de Setembro de 2008 (Quarta-feira), às 19h
* Local: Universidade Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido)
* Auditório do Bloco Bege


Disponível em: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=notas&id=22076. Acesso em: 25/09/2008.

Nenhum comentário:

“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.